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13/12/2001
-
16h45
CRISTIANE MARSOLA
da Folha Online
O Gaeco (Grupo de Trabalho de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público, ouviu 11 testemunhas que denunciaram a ação de policiais do Denarc (Departamento de Investigações sobre Narcóticos) na "cracolândia".
Todas as testemunhas são mulheres, que trabalhavam como garotas de programa na região e que teriam sido extorquidas pelos policiais, segundo o Gaeco.
Os depoimentos apontam que os policiais usavam a violência para manter o controle da região. Uma das testemunhas contou que um dos policiais a teria violentado com uma mangueira.
Os pequenos traficantes e as garotas de programas usuárias de crack eram obrigadas a pagar R$ 200 ou R$ 300 semanais. Se não pagassem eram torturadas e presas.
Para se livrar da prisão era preciso pagar de R$ 1.000 a R$ 5.000 para os policiais. "O que aparece nas imagens é que, em nenhum momento, as pessoas são levadas para a delegacia. Todo o acerto é feito em um bar da região", contou Blat.
Uma testemunha, a primeira a ser ouvida, já está no Provita (Programa de Proteção e Assistência a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas). As outras dez são pessoas que foram presas na região da "cracolândia" pelos policiais acusados de corrupção.
O depoimento delas ainda não foi encaminhado para a Corregedoria da Polícia Civil. "As vidas dessas meninas são muito mais valiosas que qualquer investigação", diz o promotor de Justiça José Carlos Blat.
Como foi o flagrante
Os policiais Hélio Carlo Barba, Alessandro Ramos da Silva, Guilherme Barbosa Palazzo, José Carlos de Castilho e Mauro César Bartolomeu são acusados de tortura, abuso de autoridade, corrupção, concussão (extorsão) e associação para tráfico de drogas.
Do dia 20 a 30 de novembro, agentes do Gaeco filmaram a ação desses policiais na rua dos Protestantes. As fitas mostram os policiais aparentemente extorquindo pessoas.
Os policiais foram afastados e o Ministério Público pediu a prisão temporária dos cinco.
Leia mais:
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Polícia torturava e extorquia traficantes na "cracolândia", diz Gaeco
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da Folha Online
O Gaeco (Grupo de Trabalho de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público, ouviu 11 testemunhas que denunciaram a ação de policiais do Denarc (Departamento de Investigações sobre Narcóticos) na "cracolândia".
Todas as testemunhas são mulheres, que trabalhavam como garotas de programa na região e que teriam sido extorquidas pelos policiais, segundo o Gaeco.
Os depoimentos apontam que os policiais usavam a violência para manter o controle da região. Uma das testemunhas contou que um dos policiais a teria violentado com uma mangueira.
Os pequenos traficantes e as garotas de programas usuárias de crack eram obrigadas a pagar R$ 200 ou R$ 300 semanais. Se não pagassem eram torturadas e presas.
Para se livrar da prisão era preciso pagar de R$ 1.000 a R$ 5.000 para os policiais. "O que aparece nas imagens é que, em nenhum momento, as pessoas são levadas para a delegacia. Todo o acerto é feito em um bar da região", contou Blat.
Uma testemunha, a primeira a ser ouvida, já está no Provita (Programa de Proteção e Assistência a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas). As outras dez são pessoas que foram presas na região da "cracolândia" pelos policiais acusados de corrupção.
O depoimento delas ainda não foi encaminhado para a Corregedoria da Polícia Civil. "As vidas dessas meninas são muito mais valiosas que qualquer investigação", diz o promotor de Justiça José Carlos Blat.
Como foi o flagrante
Os policiais Hélio Carlo Barba, Alessandro Ramos da Silva, Guilherme Barbosa Palazzo, José Carlos de Castilho e Mauro César Bartolomeu são acusados de tortura, abuso de autoridade, corrupção, concussão (extorsão) e associação para tráfico de drogas.
Do dia 20 a 30 de novembro, agentes do Gaeco filmaram a ação desses policiais na rua dos Protestantes. As fitas mostram os policiais aparentemente extorquindo pessoas.
Os policiais foram afastados e o Ministério Público pediu a prisão temporária dos cinco.
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