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02/01/2002
-
18h01
SILVIA FREIRE
da Folha Online
O secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, disse nesta quarta-feira que o sequestrador Fernando Dutra Pinto deve ter morrido por causas naturais, mas não descarta a possibilidade de envenenamento. O secretário aguarda o resultado da necropsia do IML (Instituto Médico Legal) para abrir ou não investigações sobre o caso.
"Sou o primeiro a reconhecer que não é normal que um moço de 22 anos morra nestas circunstâncias. Ainda que tivesse um início de broncopneumonia, o tratamento seria muito simples, rotineiro", disse Furukawa durante a entrevista coletiva concedida hoje.
Segundo o secretário, Dutra Pinto se queixou no domingo (30) de dores abdominais decorrente de intoxicação por carne de porco.
Na segunda-feira, o sequestrador foi atendido no ambulatório do CDP (Centro de Detenção Provisória), no Belém (zona leste de SP), quando apresentou alergia na pele e respiratória. Na terça-feira, foi levado para o PS do Tatuapé, onde tirou uma radiografia do tórax e se constatou a broncopneumonia.
"Não era um quadro que justificasse uma internação. Dutra Pinto era um paciente jovem e a pneumonia poderia ser tratada no ambulatório", disse o médico Ricardo Cesar Cipriani, que atendeu o sequestrador no CDP. O médico não chegou a ver Dutra Pinto hoje.
O sequestrador se queixou na manhã desta quarta-feira de um mal-estar geral, no ambulatório do CDP, relatou Furukawa. Dutra Pinto teve uma parada cardíaca e foi levado às pressas para o PS do Tatuapé, às 12h22.
O médico Ricardo Cesar Cipriani negou informação dada pela advogada de Dutra Pinto, Maura Marques, de que o sequestrador teria tomado dose excessiva do medicamento Celestone.
Segundo Cipriani, ele estava sendo medicado com corticóides e broncodilatadores. Sobre a suposta intoxicação alimentar, o médico levanta a possibilidade de Dutra Pinto ter uma sensibilidade à carne de porco. Ele, no entanto, acha difícil relacionar a intoxicação com a parada cardíaca.
"Não é esperado que o paciente evolua para uma parada cardíaca. Para nós foi uma surpresa", disse o médico.
O secretário Administração Penitenciária afirmou que não foi servida carne de porco aos presos a partir do dia 29. "Não consta do cardápio", disse Furukawa. O secretário, no entanto, não soube informar se a carne foi servida no Natal, como disse Maura Marques.
Segundo o secretário, a carne teria sido levada para o sequestrador pela família. A advogada do sequestrador, no entanto, nega a versão de Furukawa.
A necropsia do corpo de Dutra Pinto começou às 17h e deve durar duas horas.
Secretário não descarta envenenamento de sequestrador
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da Folha Online
O secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, disse nesta quarta-feira que o sequestrador Fernando Dutra Pinto deve ter morrido por causas naturais, mas não descarta a possibilidade de envenenamento. O secretário aguarda o resultado da necropsia do IML (Instituto Médico Legal) para abrir ou não investigações sobre o caso.
"Sou o primeiro a reconhecer que não é normal que um moço de 22 anos morra nestas circunstâncias. Ainda que tivesse um início de broncopneumonia, o tratamento seria muito simples, rotineiro", disse Furukawa durante a entrevista coletiva concedida hoje.
Segundo o secretário, Dutra Pinto se queixou no domingo (30) de dores abdominais decorrente de intoxicação por carne de porco.
Na segunda-feira, o sequestrador foi atendido no ambulatório do CDP (Centro de Detenção Provisória), no Belém (zona leste de SP), quando apresentou alergia na pele e respiratória. Na terça-feira, foi levado para o PS do Tatuapé, onde tirou uma radiografia do tórax e se constatou a broncopneumonia.
"Não era um quadro que justificasse uma internação. Dutra Pinto era um paciente jovem e a pneumonia poderia ser tratada no ambulatório", disse o médico Ricardo Cesar Cipriani, que atendeu o sequestrador no CDP. O médico não chegou a ver Dutra Pinto hoje.
O sequestrador se queixou na manhã desta quarta-feira de um mal-estar geral, no ambulatório do CDP, relatou Furukawa. Dutra Pinto teve uma parada cardíaca e foi levado às pressas para o PS do Tatuapé, às 12h22.
O médico Ricardo Cesar Cipriani negou informação dada pela advogada de Dutra Pinto, Maura Marques, de que o sequestrador teria tomado dose excessiva do medicamento Celestone.
Segundo Cipriani, ele estava sendo medicado com corticóides e broncodilatadores. Sobre a suposta intoxicação alimentar, o médico levanta a possibilidade de Dutra Pinto ter uma sensibilidade à carne de porco. Ele, no entanto, acha difícil relacionar a intoxicação com a parada cardíaca.
"Não é esperado que o paciente evolua para uma parada cardíaca. Para nós foi uma surpresa", disse o médico.
O secretário Administração Penitenciária afirmou que não foi servida carne de porco aos presos a partir do dia 29. "Não consta do cardápio", disse Furukawa. O secretário, no entanto, não soube informar se a carne foi servida no Natal, como disse Maura Marques.
Segundo o secretário, a carne teria sido levada para o sequestrador pela família. A advogada do sequestrador, no entanto, nega a versão de Furukawa.
A necropsia do corpo de Dutra Pinto começou às 17h e deve durar duas horas.
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