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19/01/2002 - 00h28

Celso Daniel, prefeito de Santo André, é sequestrado em SP

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CARLOS FERREIRA
da Folha Online
da Folha de S.Paulo

O prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), foi sequestrado no final da noite desta sexta-feira após sair de uma churrascaria nos Jardins, região central da capital paulista.

De acordo com informações da Polícia Militar, Daniel, 50, estava em uma Pajero blindada que era dirigida por um amigo, o empresário Sérgio Gomes da Silva. O carro foi perseguido por outros três carros, uma blazer, um Tempra e um Santana.

27.nov.2001/Folha Imagem
O prefeito de Santo André,
Celso Daniel
Na altura do número 393 da rua Antônio Bezerra, no Sacomã (zona sul de São Paulo), o carro onde estava o prefeito foi fechado pela quadrilha. Houve disparos. Eles atingiram os pneus e os vidros traseiro e dianteiro, na direção do motorista.

Vários homens armados desceram dos carros e arracaram Celso Daniel da Pajero. O empresário que o acompanhava foi deixado no local.

Os homens fugiram no sentido da rodovia Anchieta, que liga a capital à região do ABC paulista e ao litoral. A Polícia Rodoviária Estadual está fazendo um cerco nos principais acessos da rodovia para tentar localizar a quadrilha.

A Divisão Anti-Sequestro (DAS) da Polícia Civil já foi acionada, mas, enquanto nenhum contato for feito com a família, as equipes especializadas não poderão agir, pois oficialmente o prefeito está "desaparecido". O secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro, já foi avisado e está acompanhando as investigações.

Celso Daniel é prefeito de Santo André pela terceira vez, além de ser o coordenador do programa de governo do PT à Presidência.

Ameaças
Pelo menos 15 prefeitos petistas no Estado de São Paulo e senadores da legenda foram ameaçados de morte por carta em novembro do ano passado por um grupo que se denominava "Farb" (não se sabe o significado da sigla). Na carta, enviada inclusive a Celso Daniel, o grupo reivindicava a autoria do assassinato de Antônio da Costa Santos (o Toninho do PT, ex-prefeito de Campinas).

Na correspondência, a "Farb" dizia ter nascido em 1998, na Grande São Paulo, para acabar com "políticos ligados à esquerda que estão se aproximando de partidos de centro-direita". A suposta milícia, em uma carta confusa e cheia de erros de português, disse ter nascido com sete pessoas e que contava, em novembro do ano passado, com cerca de 50 militantes ativos, dispostos a "lutar por um Estado justo e sem desigualdades".

A carta chegou aos prefeitos em 13 de novembro, depois da tentativa de sequestro de Airton Luiz Montanher, prefeito de Ribeirão Corrente (428 km ao norte de São Paulo). Na ocasião, um grupo fortemente armado invadiu a fazenda em que Montanher estava e não conseguiu capturá-lo. A polícia interveio a tempo e evitou a captura.

Leia mais no especial sobre sequestro
 

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