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19/01/2002 - 15h55

FHC mobiliza PF e Ministério da Justiça para ajudar investigações

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da Folha de S.Paulo, em Brasília

O presidente Fernando Henrique Cardoso determinou hoje que a Polícia Federal seja acionada para ajudar nas investigações sobre o sequestro do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT).

A determinação foi feita ao ministro Aloysio Nunes Ferreira, da Justiça, que viajou a São Paulo para acompanhar de perto a ação da polícia. Se ficar comprovado que o sequestro é político, a competência da investigação passará inteiramente para a Polícia Federal.

O diretor da Polícia Federal, Agílio Monteiro, interrompeu suas férias e acionou o serviço de inteligência da PF para ajudar no caso. À tarde, dois delegados do órgão estiveram na sede da Prefeitura de Santo André.

Aloysio deve se encontrar ainda hoje com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), para discutir as formas de ajuda do governo federal. Também está previsto um encontro dos dois com lideranças do PT.

Aloysio, que considera plausível a hipótese de sequestro político, disse que o governo federal, independentemente das divergências políticas, prestará toda a ajuda possível para a elucidação do sequestro do prefeito de Santo André. "Essa á uma situação inadmissível", disse.

A intervenção da PF foi discutida, na madrugada de ontem, por lideranças do PT que fizeram vigília na Prefeitura de Santo André horas após a notícia do sequestro (leia texto na A6).

Alckmin, que estava de manhã em Barretos, no interior, disse ter mobilizado toda a estrutura do Estado na investigação e que não se opunha à ajuda da PF. "Se houver uma rede que justifique uma ação envolvendo mais de um Estado, toda ajuda será bem-vinda."

Já o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Marco Vinicio Petrelluzzi, irritou-se ao ser questionado se tinha medo de ser sequestrado. "Isso não é pergunta, é provocação. Não vou responder", disse a jornalistas, quando deixava o 26º DP (Sacomã), ontem de madrugada. Em sua gestão, o número de sequestros explodiu.

Ele não acredita que o caso de Daniel possa ser caracterizado como uma tentativa de homicídio. "Não me parece. Nesse caso, não iriam levar o prefeito", disse.

Leia mais no especial sobre sequestro
 

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