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19/01/2002 - 18h46

Em cartas, suposto grupo radical ameaça petistas

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da Folha de S.Paulo

Além de Celso Daniel, outros prefeitos petistas do Estado de São Paulo foram vítimas de ameaça, de atentado ou de assassinato em menos de cinco meses.

Petistas afirmam que, no total, 15 prefeituras dirigidas pelo partido receberam cartas apócrifas que prometiam "algo grandioso" contra líderes do PT.

O deputado e pré-candidato ao governo paulista pelo PT José Genoino diz suspeitar de "algo generalizado e sistemático" contra as lideranças políticas.

Um grupo que se intitula Farb (Frente de Ação Revolucionária Brasileira) teria assumido a autoria dos crimes contra petistas.

Em cartas apócrifas, o suposto grupo diz ter surgido na Grande São Paulo, em 1998, disposto a matar "políticos da esquerda que estão se aproximando de partidos de centro-direita".

Em novembro último, a pedido da bancada do PT na Assembléia Legislativa, a Secretaria da Segurança Pública ficou de investigar as possíveis ações desse grupo.

Foi por meio de uma carta que a Farb reivindicou a autoria do assassinato de Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT, prefeito de Campinas, morto com um tiro no peito no dia 10 de setembro. Segundo a polícia, foram identificados três tiros de pistola calibre 9 milímetros no veículo dirigido por Toninho na ocasião. Ele estava sozinho no carro e, também segundo a polícia, não há testemunhas do assassinato.

Em pouco mais de quatro meses de investigação sobre o caso, a polícia ainda não tem pistas concretas sobre a autoria do crime. Além da polícia de Campinas, trabalham no caso, agora, policiais do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).

No dia 5 de novembro, o carro do vereador petista Fausto Figueira de Mello Júnior, de Santos, foi atingido por quatro disparos.

Seis dias depois, o prefeito de Ribeirão Corrente, Aírton Luiz Montagner, teve sua fazenda invadida por encapuzados. Avisado pelo celular, ele acionou a polícia.

Em 27 de novembro, o prefeito de Catanduva, Félix Sahão, e o vereador e líder de governo na Câmara Municipal, Marcos Crippa, receberam cartas assinadas do grupo com ameaças de morte.

Um dia depois, o prefeito de Embu, Geraldo Cruz, e seu secretário de Governo, Paulo Giannini, tiveram suas casas parcialmente destruídas por bombas de fabricação caseira. Cruz sofreu ferimentos leves na perna direita, provocados por estilhaços de vidro. Giannini não se machucou.

Segundo a polícia, as bombas utilizadas nos atentados poderiam causar até mesmo ferimentos mortais. Na época, policiais levantaram suspeitas de que os crimes poderiam ter sido patrocinados por perueiros e taxistas clandestinos ou por adversários políticos. A prefeitura havia cassado a licença de taxistas e de perueiros.

As prefeituras de Bebedouro, Franca e Sales de Oliveira também receberam ameaças.

Leia mais no especial sobre sequestro
 

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