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20/01/2002 - 17h22

Alckmin dá R$ 50 mil para quem denunciar os sequestradores

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da Folha Online

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou hoje uma recompensa de até R$ 50 mil para quem der pista sobre os membros da quadrilha que sequestrou e matou o prefeito de Santo André, Celso Daniel.

Alckmin anunciou a recompensa "no limite que a lei permite" em entrevista no Palácio dos Bandeirantes, neste domingo. O dinheiro da recompensa sairá dos cofres do governo, segundo o governador.

O governo do Estado irá regulamentar a lei que autoriza o pagamento de recompensas por decreto. Segundo ele, há um projeto de lei que já foi aprovado pela Assembléia Legislativa do Estado e outro, mais "adequado" e elaborado pelo governo ainda em processo de aprovação.

A medida será válida, inicialmente, apenas para facilitar as investigações do sequestro e assassinato do prefeito Celso Daniel, mas poderá ser estendida para outros casos. "Vamos analisar caso a caso e ver a necessidade de implementar o esquema de recompensas", disse Alckmin.

"Esse projeto de recompensas ainda não é o ideal", disse o governador, destacando que, apesar disso, a medida entrará em vigor em virtude da urgência das inverstigações e até que o outro projeto seja analisado e aprovado pela Assembléia Legislativa.

Segundo o governador, as pessoas poderão fazer as pessoas que quiseram fornecer informações sobre a quadrilha responsável pelo sequestro do prefieto de Santo André poderão fazê-lo pelo "Disque-Denúncia" (0800-156315).

O anúncio foi feito semanas depois que o próprio governo divulgou estatística informando que o número de sequestros aumentou por volta de 400% nso últimos 12 meses, em relação a 2000.

O governador disse ainda que, cerca de 24 horas depois que Celso Daniel foi levado (por um grupo armado, na região do Sacomã, zona sul de SP) pelos assassinos, um homem telefonou para o senador Eduardo Suplicy (PT), propondo a troca do prefeito por "presos".

No entanto, o próprio governador e seu secretário da Segurança, Marco Vinício Petrelluzzi, disseram não poder confirmar que fosse alguém realmente ligado aos assassinos.

Alckmin contou que essa pessoa ligou para um de seus telefones pessoais (que lhe fora dado por Suplicy) por volta das 6h deste domingo. O governador afirmou à pessoa que o governo estaria aberto a negociar.

"Embora essa pessoa nem tivesse falado quais eram os presos que, parece, queria transferir de volta a São Paulo. Nós não soubemos quem eram esses presos." As ligações foram feitas por um celular pré-pago e por isso não puderam ser identificadas.

O governador pediu então uma garantia de que Celso Daniel ainda estava vivo. A pessoa disse que isso era "difícil" e não voltou mais a ligar ao governador.

Ligou, sim, a Suplicy, afirmando que a "comprovação de vida" era algo complicado. Não voltou mais a telefonar.

O governador viaja amanhã a Brasília e apresenta ao presidente Fernando Henrique Cardoso propostas de combate à violência no Estado.

Leia mais
sobre o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel
 

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