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24/01/2002
-
15h08
da Folha Online
Em entrevista nesta quinta-feira, o empresário Sergio Gomes da Silva, que estava com Celso Daniel na hora em que o prefeito de Santo André foi levado por seus assassinos, afirmou: "Posso ter cometido erros em meu depoimento, mas nenhuma contradição".
Gomes da Silva, 45, respondia à pergunta de um repórter sobre uma suposta "contradição" em seu depoimento: ele afirmou à polícia que as portas de seu carro, uma Pajero blindada, destravaram na hora em que o carro foi abordado pelos assassinos de Daniel. Perícia da polícia descartou qualquer problema no veículo. A Mitsubishi também.
"Não sou técnico, não sou mecânico e nem especialista", afirmou o empresário, que trabalhou com Daniel na prefeitura nos anos 80, e que jantou com ele horas antes do sequestro.
"Só sei que na hora que o carro deles me abalroou e eu parei, as travas se abriram. Depois, travou (não conseguiu mais fechá-las)."
Foi a primeira vez que Sergio Gomes da Silva falou à imprensa sobre o momento do sequestro do petista Daniel, cujo corpo foi encontrado no último domingo, em uma estrada em Juquitiba, na Grande São Paulo.
Ele deu alguns detalhes sobre a perseguição ocorrida na noite da última sexta-feira, na região do Sacomã (zona sul de SP).
O empresário afirmou que, no momento em que seu carro parou, e um dos carros dos assassinos o ultrapassou, ele chegou a pensar que eles iam embora.
"Mas deram a volta e desceram atirando. Na hora que eles passaram por mim, a impressão que tive é que foram embora. Mas aí eles deram a volta. Atiraram várias vezes. Quando desceram, as portas estavam abertas."
"É isso que consigo lembrar", disse Gomes da Silva.
Ele reafirmou que os carros que o perseguiram eram uma Blazer e um Santana.
Sobre sua relação com Celso Daniel, 50, o empresário disse que eram bons amigos e que ajudou na campanha dele, na década de 80.
"Porque era amigo dele. Ajudava, dirigia seu carro, levava, trazia... e ele me convidou para trabalhar na prefeitura de Santo André."
"Mas eu não pensava em trabalhar na prefeitura, queria cuidar da minha vida, da minha empresa", disse.
Ao ser questionado se manteve uma relação amorosa com Celso Daniel, Silva respondeu: "As coisas têm limite. Isso ultrapassa qualquer limite."
Leia mais
sobre o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel
Amigo de Celso Daniel diz que pode ter "errado" em depoimentos
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Em entrevista nesta quinta-feira, o empresário Sergio Gomes da Silva, que estava com Celso Daniel na hora em que o prefeito de Santo André foi levado por seus assassinos, afirmou: "Posso ter cometido erros em meu depoimento, mas nenhuma contradição".
Gomes da Silva, 45, respondia à pergunta de um repórter sobre uma suposta "contradição" em seu depoimento: ele afirmou à polícia que as portas de seu carro, uma Pajero blindada, destravaram na hora em que o carro foi abordado pelos assassinos de Daniel. Perícia da polícia descartou qualquer problema no veículo. A Mitsubishi também.
"Não sou técnico, não sou mecânico e nem especialista", afirmou o empresário, que trabalhou com Daniel na prefeitura nos anos 80, e que jantou com ele horas antes do sequestro.
"Só sei que na hora que o carro deles me abalroou e eu parei, as travas se abriram. Depois, travou (não conseguiu mais fechá-las)."
Foi a primeira vez que Sergio Gomes da Silva falou à imprensa sobre o momento do sequestro do petista Daniel, cujo corpo foi encontrado no último domingo, em uma estrada em Juquitiba, na Grande São Paulo.
Ele deu alguns detalhes sobre a perseguição ocorrida na noite da última sexta-feira, na região do Sacomã (zona sul de SP).
O empresário afirmou que, no momento em que seu carro parou, e um dos carros dos assassinos o ultrapassou, ele chegou a pensar que eles iam embora.
"Mas deram a volta e desceram atirando. Na hora que eles passaram por mim, a impressão que tive é que foram embora. Mas aí eles deram a volta. Atiraram várias vezes. Quando desceram, as portas estavam abertas."
"É isso que consigo lembrar", disse Gomes da Silva.
Ele reafirmou que os carros que o perseguiram eram uma Blazer e um Santana.
Sobre sua relação com Celso Daniel, 50, o empresário disse que eram bons amigos e que ajudou na campanha dele, na década de 80.
"Porque era amigo dele. Ajudava, dirigia seu carro, levava, trazia... e ele me convidou para trabalhar na prefeitura de Santo André."
"Mas eu não pensava em trabalhar na prefeitura, queria cuidar da minha vida, da minha empresa", disse.
Ao ser questionado se manteve uma relação amorosa com Celso Daniel, Silva respondeu: "As coisas têm limite. Isso ultrapassa qualquer limite."
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sobre o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel
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