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29/01/2002
-
06h40
da Folha de S.Paulo
A Polícia Federal de São Paulo recuou e negou ontem que a Justiça Federal tenha quebrado os sigilos bancários e telefônicos do prefeito Celso Daniel, de seu amigo Sérgio Gomes da Silva e do empresário Ronan Maria Pinto. O erro foi atribuído a uma "falha de comunicação" ocorrida em razão do feriado na cidade.
A informação havia sido divulgada na última sexta-feira pelo delegado Gilberto Tadeu Vieira Cézar, porta-voz da Polícia Federal. "Retifico. Não houve quebra de sigilos de ninguém. Errei porque me induziram ao erro", afirmou Cézar ontem.
A declaração de ontem do delegado foi dada após a Justiça Federal negar que tenha dado decisão favorável à quebra de sigilo em caso que envolvesse o prefeito Daniel e os empresários Silva e Pinto, que é dono de empresas que prestaram serviços à Prefeitura de Santo André.
Na sexta-feira, o delegado havia informado que a quebra de sigilos tinha ocorrido em um inquérito que já estava em andamento na PF desde 2000. No dia, ele não informou a data precisa de quando a decisão teria ocorrido nem o nome do juiz que teria dado um parecer favorável ao pedido.
A apuração mencionada pelo porta-voz da PF envolve denúncia sobre a suposta remessa irregular de dinheiro ao exterior por João Francisco Daniel, irmão do prefeito morto. A denúncia foi feita pelo deputado federal Celso Russomano (PPB), candidato derrotado à Prefeitura de Santo André.
Segundo a assessoria de imprensa da Justiça Federal, essa apuração corre em segredo de Justiça, pois o caso envolve algum tipo de pedido de quebra de sigilo, ainda não julgado.
A Folha apurou, contudo, que os dados, em eventual decisão favorável à quebra de sigilo, não ajudariam diretamente na apuração da morte de Daniel.
Depoimento
Quatro seguranças da Prefeitura de Santo André prestariam depoimento ontem à PF. Eles chegaram à tarde, depois de serem ouvidos no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), e não deram entrevistas.
Leia mais sobre o assassinato de Celso Daniel
Polícia Federal recua e nega quebra de sigilos de Daniel
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A Polícia Federal de São Paulo recuou e negou ontem que a Justiça Federal tenha quebrado os sigilos bancários e telefônicos do prefeito Celso Daniel, de seu amigo Sérgio Gomes da Silva e do empresário Ronan Maria Pinto. O erro foi atribuído a uma "falha de comunicação" ocorrida em razão do feriado na cidade.
A informação havia sido divulgada na última sexta-feira pelo delegado Gilberto Tadeu Vieira Cézar, porta-voz da Polícia Federal. "Retifico. Não houve quebra de sigilos de ninguém. Errei porque me induziram ao erro", afirmou Cézar ontem.
A declaração de ontem do delegado foi dada após a Justiça Federal negar que tenha dado decisão favorável à quebra de sigilo em caso que envolvesse o prefeito Daniel e os empresários Silva e Pinto, que é dono de empresas que prestaram serviços à Prefeitura de Santo André.
Na sexta-feira, o delegado havia informado que a quebra de sigilos tinha ocorrido em um inquérito que já estava em andamento na PF desde 2000. No dia, ele não informou a data precisa de quando a decisão teria ocorrido nem o nome do juiz que teria dado um parecer favorável ao pedido.
A apuração mencionada pelo porta-voz da PF envolve denúncia sobre a suposta remessa irregular de dinheiro ao exterior por João Francisco Daniel, irmão do prefeito morto. A denúncia foi feita pelo deputado federal Celso Russomano (PPB), candidato derrotado à Prefeitura de Santo André.
Segundo a assessoria de imprensa da Justiça Federal, essa apuração corre em segredo de Justiça, pois o caso envolve algum tipo de pedido de quebra de sigilo, ainda não julgado.
A Folha apurou, contudo, que os dados, em eventual decisão favorável à quebra de sigilo, não ajudariam diretamente na apuração da morte de Daniel.
Depoimento
Quatro seguranças da Prefeitura de Santo André prestariam depoimento ontem à PF. Eles chegaram à tarde, depois de serem ouvidos no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), e não deram entrevistas.
Leia mais sobre o assassinato de Celso Daniel
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