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29/01/2002 - 06h44

Irmão de Daniel descarta crime comum

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da Folha de S.Paulo

"Eu não acredito em crime urbano em hipótese alguma", afirmou, ontem, o médico oftalmologista João Francisco Daniel, irmão do prefeito assassinado de Santo André, Celso Daniel. "A família, nesse caso, não tem a menor idéia do que tenha ocorrido com ele."

Em entrevista publicada ontem pela Folha, a socióloga Ivone de Santana, namorada de Celso Daniel, disse acreditar que houve "crime urbano" e minimizou a hipótese de assassinato político.

João Francisco concedeu entrevista, ontem, na Câmara Municipal de Santo André, para falar sobre remessas de recursos que fez ao exterior, que chegaram a ser investigadas pela Polícia Federal por causa de denúncias feitas por adversários de Celso Daniel na última campanha eleitoral.

Ele afirmou que possui, desde 1999, uma poupança de US$ 89 mil na agência Sudameris de Miami (EUA). A conta bancária foi alimentada por João Francisco de 1999 a 2000.

"Nós, da família, verificamos, com indignação, ilações a respeito da minha vida e da do meu irmão, o que não vamos tolerar. A história da minha conta bancária foi uma colocação eleitoreira feita na última campanha", declarou.

Em agosto do ano passado, contou o médico, ele apresentou à PF a documentação sobre a aplicação as declarações de Imposto de Renda desde 1997. Ele afirmou ainda que conseguiu o dinheiro após vender uma casa de sua propriedade, em Caraguatatuba.

"Vendi a prestação e, conforme foi entrando o dinheiro, fui depositando-o nessa conta. Era uma espécie de pé-de-meia, para eu usufruir na minha velhice. Não vejo nada de anormal nisso. A aplicação está declarada em meu Imposto de Renda."

Para o médico, as notícias sobre supostos favorecimentos de Celso Daniel a Sérgio Gomes da Silva -empresário que acompanhava o prefeito na noite do crime- são "tentativas de desviar a atenção das pessoas da tragédia".

Os irmãos tinham divergências políticas. "Eu era totalmente contrário às idéias do PT, mas, apesar disso, tínhamos uma relação fraternal", disse.
(SÉRGIO DURAN)



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