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04/02/2002
-
19h50
RANIER BRAGON
da Agência Folha, em BH
A maior chuva registrada na história de Teófilo Otoni (MG) causou no domingo e na madrugada de hoje a morte de pelo menos 12 pessoas na cidade mineira, todas soterradas. O serviço de resgate ainda procura por outras cinco pessoas desaparecidas.
Os mortos eram ocupantes em sua maioria de casas que ficam em áreas de risco na encosta da cidade. A Coordenadoria de Defesa Civil contabilizou 70 desabamentos de casas, vários deslizamentos, quebra de pontes e inundações em vários pontos da cidade, que tem cerca de 130 mil habitantes e fica a 450 km ao nordeste de Belo Horizonte.
Ainda de acordo com a Defesa Civil, cerca de 2.000 pessoas ficaram desabrigadas e estavam sendo alojadas em ginásios, escolas e igrejas da cidade.
As inundações foram agravadas pelo fato de os dois rios que cortam o município, o Santo Antônio e o Todos os Santos, terem transbordado. Os trabalhos de resgate e a contabilização dos prejuízos estavam sendo feitos pelo Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, funcionários da prefeitura e voluntários.
A chuva que atingiu o município chegou 243 mm (o que equivale a 243 litros por metro quadrado) das 10h de ontem às 10h de hoje, com maior intensidade entre 16h e 22h, de acordo com o Instituto de Meteorologia.
Isso representa mais de duas vezes a média histórica registrada na cidade em todo o mês de fevereiro, que é de 98 mm. A maior chuva registrada em Teófilo Otoni ocorreu em dezembro de 1990, quando choveu 155 mm em 24 horas.
"Essa é uma região crítica do Estado, principalmente pelo fato de Teófilo Otoni ter suas encostas ocupadas de forma irregular, com risco de soterramento", disse o major Cláudio Teixeira, chefe do Departamento de Comunicação Social da Defesa Civil.
O governador do Estado, Itamar Franco (PMDB), se deslocou pela manhã para a cidade e determinou às secretarias que lidam com os problemas da chuva "reunião permanente" para dar auxílio à população da cidade. Ainda de manhã, foi decretado o estado de calamidade pública. O governador sobrevoou as áreas atingidas e se reuniu com representantes da prefeitura local.
A Defesa Civil afirmou ter enviado para a cidade 2.000 cestas básicas, 400 cobertores, roupas, calçados, alimentos e medicamentos para evitar doenças que podem se propagar com a inundação.
Segundo o Instituto de Meteorologia, as chuvas na região devem continuar nos próximos dias, mas a intensidade será menor.
Chuva recorde mata 12 em Teófilo Otoni, Minas Gerais
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da Agência Folha, em BH
A maior chuva registrada na história de Teófilo Otoni (MG) causou no domingo e na madrugada de hoje a morte de pelo menos 12 pessoas na cidade mineira, todas soterradas. O serviço de resgate ainda procura por outras cinco pessoas desaparecidas.
Os mortos eram ocupantes em sua maioria de casas que ficam em áreas de risco na encosta da cidade. A Coordenadoria de Defesa Civil contabilizou 70 desabamentos de casas, vários deslizamentos, quebra de pontes e inundações em vários pontos da cidade, que tem cerca de 130 mil habitantes e fica a 450 km ao nordeste de Belo Horizonte.
Ainda de acordo com a Defesa Civil, cerca de 2.000 pessoas ficaram desabrigadas e estavam sendo alojadas em ginásios, escolas e igrejas da cidade.
As inundações foram agravadas pelo fato de os dois rios que cortam o município, o Santo Antônio e o Todos os Santos, terem transbordado. Os trabalhos de resgate e a contabilização dos prejuízos estavam sendo feitos pelo Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, funcionários da prefeitura e voluntários.
A chuva que atingiu o município chegou 243 mm (o que equivale a 243 litros por metro quadrado) das 10h de ontem às 10h de hoje, com maior intensidade entre 16h e 22h, de acordo com o Instituto de Meteorologia.
Isso representa mais de duas vezes a média histórica registrada na cidade em todo o mês de fevereiro, que é de 98 mm. A maior chuva registrada em Teófilo Otoni ocorreu em dezembro de 1990, quando choveu 155 mm em 24 horas.
"Essa é uma região crítica do Estado, principalmente pelo fato de Teófilo Otoni ter suas encostas ocupadas de forma irregular, com risco de soterramento", disse o major Cláudio Teixeira, chefe do Departamento de Comunicação Social da Defesa Civil.
O governador do Estado, Itamar Franco (PMDB), se deslocou pela manhã para a cidade e determinou às secretarias que lidam com os problemas da chuva "reunião permanente" para dar auxílio à população da cidade. Ainda de manhã, foi decretado o estado de calamidade pública. O governador sobrevoou as áreas atingidas e se reuniu com representantes da prefeitura local.
A Defesa Civil afirmou ter enviado para a cidade 2.000 cestas básicas, 400 cobertores, roupas, calçados, alimentos e medicamentos para evitar doenças que podem se propagar com a inundação.
Segundo o Instituto de Meteorologia, as chuvas na região devem continuar nos próximos dias, mas a intensidade será menor.
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