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15/02/2002 - 13h21

Advogado de empresário quer segredo de Justiça no caso Celso Daniel

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LÍVIA MARRA
da Folha Online

O advogado do empresário Sérgio Gomes da Silva quer que as investigações sobre o sequestro e morte do prefeito de Santo André, Celso Daniel, corram sob segredo de Justiça. O pedido foi feito hoje ao delegado Armando da Costa Filho, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).

O empresário é a principal testemunha do caso. Ele e Celso Daniel estavam juntos quando o prefeito foi levado pelos criminosos, em 18 de janeiro.

O advogado Roberto Podval pediu ainda que um inquérito seja aberto para apurar se o telefone de seu cliente foi grampeado. Ele quer saber como conversas telefônicas vazaram para uma revista semanal.

"A revista trouxe a transcrição de trechos de conversas de algumas pessoas, inclusive do Sérgio. A fala é verídica. Quero saber se teve alguma autorização judicial para a escuta, porque é crime ter escuta sem autorização. Se houve autorização, quero saber quem passou as informações para a imprensa, porque isso [as conversas] é sigiloso", afirmou o advogado.

Podval disse também que pode entrar na Justiça contra a polícia e imprensa, se considerar abusivas as informações divulgadas sobre seu cliente.

Segundo ele, o sigilo pedido ao delegado tem como objetivo ajudar as investigações e preservar testemunhas.

"Pedi o sigilo para ajudar a própria polícia nas investigações e resguardar as testemunhas, que passam a ser constrangidas e estão com medo. Ninguém sabe quem cometeu o crime", disse.

Mais de 80 pessoas já foram ouvidas no inquérito.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública, mais duas pessoas deverão depor hoje. No entanto, os trabalhos da polícia deverão se concentrar em diligências. Amanhã haverá a revisão do inquérito e para segunda-feira (18) estão previstos mais quatro depoimentos.

A Justiça de São Paulo já decretou a prisão temporária de cinco suspeitos de envolvimento no crime. Todos estão foragidos. Eles integrariam uma quadrilha de sequestro relâmpago com esconderijo na favela Pantanal, na zona sul. Seus nomes foram apontados por um homem detido durante operação policial na mesma favela.

O prefeito Celso Daniel foi sequestrado no dia 18 de janeiro, em São Paulo. Seu corpo foi encontrado dia 20, em uma estrada de Juquitiba.


Leia mais  sobre a morte do prefeito Celso Daniel
 

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