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15/02/2002
-
14h32
GILMAR PENTEADO
da Folha de S.Paulo
Exames preliminares do IC (Instituto de Criminalística) apontaram compatibilidade entre a tinta verde da Blazer encontrada queimada na favela Pantanal (zona sul) e pigmentos identificados na Pajero em que o prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), estava quando foi sequestrado.
No dia 18 de janeiro, a Pajero e uma Blazer, com os sequestradores de Daniel, teriam se chocado, o que teria deixado vestígios de tinta na Pajero.
A Folha apurou que essa compatibilidade significa que os pigmentos dos dois veículos são do mesmo tipo de tinta, tipo de carro e fabricante (a empresa costuma alterar a composição das cores dos modelos dependendo do ano de fabricação).
Os laudos oficiais sobre a Blazer só devem ser divulgados na semana que vem, segundo a Secretaria da Segurança Pública. Apesar de não serem definitivos, os exames reforçam a tese de que a Blazer encontrada na favela Pantanal é a mesma usada no sequestro.
Para se ter certeza, os peritos ainda vão analisar a ação da poluição na tinta e a aplicação de outros produtos, como massa de polimento, por exemplo.
Uma pequena marca de batida na frente e um pára-lamas torto da Blazer são outros indícios que levam os peritos a acreditar que é o veículo usado no sequestro.
Segundo o empresário Sérgio Gomes da Silva, que dirigia a Pajero no momento da captura de Daniel, a Blazer deu batidas contra a traseira de seu veículo. Os peritos também avaliam que a Blazer foi queimada na favela em uma data próxima ao dia do sequestro.
Documento
O deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh, indicado pelo PT para acompanhar as investigações, afirmou ontem não acreditar que o documento de um plano de saúde em nome do prefeito foi plantado em uma garagem da favela Pantanal.
A polícia fez duas vistorias no local, mas só encontrou o comprovante na segunda perícia.
"Não tenho por que duvidar de ninguém. É muito possível que tendo ido a primeira vez para fazer o levantamento da Blazer no cativeiro, [a polícia" não tenha feito o levantamento total", afirmou o deputado.
A primeira perícia não coletou, por exemplo, uma placa de carro roubado e uma garrucha que estavam na garagem. "Depois reclamam quando eu venho e digo que há desencontros na polícia", disse Greenhalgh.
Ontem, cinco pessoas foram ouvidas no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
Leia mais sobre a morte do prefeito Celso Daniel
Carro achado em favela pode ter sido usado em sequestro de Daniel
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da Folha de S.Paulo
Exames preliminares do IC (Instituto de Criminalística) apontaram compatibilidade entre a tinta verde da Blazer encontrada queimada na favela Pantanal (zona sul) e pigmentos identificados na Pajero em que o prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), estava quando foi sequestrado.
No dia 18 de janeiro, a Pajero e uma Blazer, com os sequestradores de Daniel, teriam se chocado, o que teria deixado vestígios de tinta na Pajero.
A Folha apurou que essa compatibilidade significa que os pigmentos dos dois veículos são do mesmo tipo de tinta, tipo de carro e fabricante (a empresa costuma alterar a composição das cores dos modelos dependendo do ano de fabricação).
Os laudos oficiais sobre a Blazer só devem ser divulgados na semana que vem, segundo a Secretaria da Segurança Pública. Apesar de não serem definitivos, os exames reforçam a tese de que a Blazer encontrada na favela Pantanal é a mesma usada no sequestro.
Para se ter certeza, os peritos ainda vão analisar a ação da poluição na tinta e a aplicação de outros produtos, como massa de polimento, por exemplo.
Uma pequena marca de batida na frente e um pára-lamas torto da Blazer são outros indícios que levam os peritos a acreditar que é o veículo usado no sequestro.
Segundo o empresário Sérgio Gomes da Silva, que dirigia a Pajero no momento da captura de Daniel, a Blazer deu batidas contra a traseira de seu veículo. Os peritos também avaliam que a Blazer foi queimada na favela em uma data próxima ao dia do sequestro.
Documento
O deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh, indicado pelo PT para acompanhar as investigações, afirmou ontem não acreditar que o documento de um plano de saúde em nome do prefeito foi plantado em uma garagem da favela Pantanal.
A polícia fez duas vistorias no local, mas só encontrou o comprovante na segunda perícia.
"Não tenho por que duvidar de ninguém. É muito possível que tendo ido a primeira vez para fazer o levantamento da Blazer no cativeiro, [a polícia" não tenha feito o levantamento total", afirmou o deputado.
A primeira perícia não coletou, por exemplo, uma placa de carro roubado e uma garrucha que estavam na garagem. "Depois reclamam quando eu venho e digo que há desencontros na polícia", disse Greenhalgh.
Ontem, cinco pessoas foram ouvidas no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
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