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08/04/2002 - 18h06

Saiba como morreram os pacientes renais em Caruaru (PE)

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da Folha Online

Entre 13 e 17 de fevereiro de 1996, 126 pessoas foram intoxicadas quando faziam hemodiálise no IDR_Instituto de Doenças Renais_, em Caruaru. Desses, pelo menos 60 morreram. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde de Pernambuco, 47 pacientes tiveram hepatite tóxica.

A insuficiência hepática (falência na atividade do fígado) provocada por cianobactérias (algas verde-azuladas) presentes na água da hemodiálise foi a causa da morte dos doentes renais em Caruaru.

A água usada no tratamento dos pacientes estava contaminada pelas toxinas. Segundo o Ministério da Saúde, a água do IDR não era potável.

Bráulio Coelho, um dos diretores do IDR, disse à época que o que aconteceu ''foi um acidente impossível de ser evitado''. A água usada pela clínica para a hemodiálise era retirada da barragem do rio Tabocas, em Caruaru, em carros-pipa e despejada sem tratamento nos tanques da instituição.

Um ano após a morte dos pacientes, familiares conquistaram o direito de receber pensão especial do INSS. O valor fixado foi de um salário mínimo por mês.

O que é hemodiálise
A hemodiálise é uma técnica de purificação do sangue, que tem o objetivo de remover toxinas, sal e outros minerais, além do excesso de água no organismo.

O sangue do paciente é retirado do organismo com a ajuda de uma bomba e circula por dentro de uma máquina. Este rim artificial contem um filtro especial que retira as substâncias tóxicas e o excesso de água. A seguir o sangue purificado retorna para o paciente.

Este processo dura cerca de 4 horas e, em geral, necessita ser feito 3 vezes por semana.

No intervalo entre as hemodiálises, o paciente pode exercer suas funções normais de trabalho, lazer e até atividades físicas moderadas.

Leia mais:
  •  Justiça absolve acusados pela morte de 60 pacientes renais em Caruaru

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