Publicidade
Publicidade
22/04/2002
-
20h04
SABRINA PETRY
da Folha de S.Paulo, no Rio de Janeiro
Com a decretação pela prefeitura do feriado do Dia de São Jorge, comemorado amanhã no Rio, a cidade passa a ser a capital com mais feriados municipais das regiões Sul e Sudeste do país.
Além do de São Jorge, o Rio comemora dois feriados municipais: o de São Sebastião (20 de janeiro) e o de Zumbi dos Palmares (20 de novembro).
Somados aos nacionais, são 15 ao todo. Cidades importantes, como São Paulo e Brasília, têm apenas um feriado municipal cada.
Apesar de aprovado por unanimidade pela Câmara dos Vereadores, o feriado do santo guerreiro causou polêmica. Comerciantes chegaram a entrar com um mandado de segurança no Tribunal de Justiça, pedindo sua anulação.
Eles alegavam que mais um feriado em abril (que já conta com a homenagem a Tiradentes) prejudicaria as vendas. O pedido foi negado por duas instâncias do Judiciário.
Autor do projeto, o vereador Jorge Babu (PT), policial licenciado e devoto do santo guerreiro, defende a comemoração. Para ele, a devoção dos fiéis é incompatível com uma jornada de trabalho.
"Percebi que muitos devotos não conseguiam pagar suas promessas nem ir à igreja no dia 23 de abril. Por isso, decidi propor o feriado, para que todos possam louvá-lo."
Babu diz que a alegação dos comerciantes é infundada. "Ninguém vai ser prejudicado. As pessoas podem não comprar no dia 23, mas compram no dia 24."
O receio dos comerciantes, entretanto, parece ter fundamento. Nesta segunda-feira, o movimento no centro do Rio era bem menor do que o normal, apesar de o feriado ser amanhã.
Na opinião de Babu, a popularidade de São Jorge justifica um feriado exclusivo. "Ele é o santo mais popular do Rio. Basta ver a quantidade de pessoas com o nome Jorge. Elas são quase uma maioria na cidade."
O curioso é que são Jorge, um oficial do império romano na Capadócia (região da Turquia), não chegou a ser santificado pela Igreja Católica. Ele foi aclamado santo pelo povo no século 3, e a igreja acolheu a decisão. Mesmo sem uma proclamação oficial, o Vaticano o tem como um santo oficial, segundo o padre Gilberto Florença, da Paróquia de São Jorge (zona norte).
Rio de Janeiro é capital com mais feriados do Sul e Sudeste
Publicidade
da Folha de S.Paulo, no Rio de Janeiro
Com a decretação pela prefeitura do feriado do Dia de São Jorge, comemorado amanhã no Rio, a cidade passa a ser a capital com mais feriados municipais das regiões Sul e Sudeste do país.
Além do de São Jorge, o Rio comemora dois feriados municipais: o de São Sebastião (20 de janeiro) e o de Zumbi dos Palmares (20 de novembro).
Somados aos nacionais, são 15 ao todo. Cidades importantes, como São Paulo e Brasília, têm apenas um feriado municipal cada.
Apesar de aprovado por unanimidade pela Câmara dos Vereadores, o feriado do santo guerreiro causou polêmica. Comerciantes chegaram a entrar com um mandado de segurança no Tribunal de Justiça, pedindo sua anulação.
Eles alegavam que mais um feriado em abril (que já conta com a homenagem a Tiradentes) prejudicaria as vendas. O pedido foi negado por duas instâncias do Judiciário.
Autor do projeto, o vereador Jorge Babu (PT), policial licenciado e devoto do santo guerreiro, defende a comemoração. Para ele, a devoção dos fiéis é incompatível com uma jornada de trabalho.
"Percebi que muitos devotos não conseguiam pagar suas promessas nem ir à igreja no dia 23 de abril. Por isso, decidi propor o feriado, para que todos possam louvá-lo."
Babu diz que a alegação dos comerciantes é infundada. "Ninguém vai ser prejudicado. As pessoas podem não comprar no dia 23, mas compram no dia 24."
O receio dos comerciantes, entretanto, parece ter fundamento. Nesta segunda-feira, o movimento no centro do Rio era bem menor do que o normal, apesar de o feriado ser amanhã.
Na opinião de Babu, a popularidade de São Jorge justifica um feriado exclusivo. "Ele é o santo mais popular do Rio. Basta ver a quantidade de pessoas com o nome Jorge. Elas são quase uma maioria na cidade."
O curioso é que são Jorge, um oficial do império romano na Capadócia (região da Turquia), não chegou a ser santificado pela Igreja Católica. Ele foi aclamado santo pelo povo no século 3, e a igreja acolheu a decisão. Mesmo sem uma proclamação oficial, o Vaticano o tem como um santo oficial, segundo o padre Gilberto Florença, da Paróquia de São Jorge (zona norte).
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice