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23/05/2002
-
15h16
LÍVIA MARRA
da Folha Online
Três advogados foram presos hoje durante megaoperação da polícia de São Paulo. O objetivo da operação é desarticular o PCC. Anselmo Neves Maia, Mônica Fiori e Leila Alambert tiveram prisão temporária decretada.
Neves Maia defende cerca de 300 integrantes do PCC, facção criminosa que atua em presídios. As duas advogadas também defendem criminosos.
Os advogados são acusados pela polícia de formação de quadrilha. A polícia ainda não deu detalhes sobre o inquérito, que está no Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais).
Marcelo Ortolani Cardoso, representante da Comissão de Direitos e Prorrogativas da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), está no Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado), zona norte de São Paulo, para prestar a primeira assistência aos advogados presos.
Cardoso disse ter ficado sabendo das prisões quando chegou para o plantão: recebeu uma ligação de um dos filhos de Anselmo Neves Maia.
Cardoso não quis comentar as conversas que teve com os três advogados e afirma que eles poderão constituir um advogado particular para representá-los.
Polícia e política
Segundo o advogado Mario Sergio Mungioli, que é colega de Maia em profissão e no PMN (Partido da Mobilização Nacional), o mandado de prisão cumprido hoje tem base em supostas investigações e escutas telefônicas.
No entanto, ainda conforme ele, dois dos advogados detidos são alvo de um processo no tribunal de ética da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) com base em uma representação feita ano passado pelo secretário da Administração Penitenciária Nagashi Furukawa.
Mungioli diz que a megaoperação "é uma manobra armada pelo governador (...), que com isso pretende montar um palanque eleitoral". Anselmo deve se candidatar a deputado federal e Mungioli é candidato a pré-deputado estadual.
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Três advogados são presos em megaoperação da polícia em SP
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da Folha Online
Três advogados foram presos hoje durante megaoperação da polícia de São Paulo. O objetivo da operação é desarticular o PCC. Anselmo Neves Maia, Mônica Fiori e Leila Alambert tiveram prisão temporária decretada.
Neves Maia defende cerca de 300 integrantes do PCC, facção criminosa que atua em presídios. As duas advogadas também defendem criminosos.
Os advogados são acusados pela polícia de formação de quadrilha. A polícia ainda não deu detalhes sobre o inquérito, que está no Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais).
Marcelo Ortolani Cardoso, representante da Comissão de Direitos e Prorrogativas da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), está no Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado), zona norte de São Paulo, para prestar a primeira assistência aos advogados presos.
Cardoso disse ter ficado sabendo das prisões quando chegou para o plantão: recebeu uma ligação de um dos filhos de Anselmo Neves Maia.
Cardoso não quis comentar as conversas que teve com os três advogados e afirma que eles poderão constituir um advogado particular para representá-los.
Polícia e política
Segundo o advogado Mario Sergio Mungioli, que é colega de Maia em profissão e no PMN (Partido da Mobilização Nacional), o mandado de prisão cumprido hoje tem base em supostas investigações e escutas telefônicas.
No entanto, ainda conforme ele, dois dos advogados detidos são alvo de um processo no tribunal de ética da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) com base em uma representação feita ano passado pelo secretário da Administração Penitenciária Nagashi Furukawa.
Mungioli diz que a megaoperação "é uma manobra armada pelo governador (...), que com isso pretende montar um palanque eleitoral". Anselmo deve se candidatar a deputado federal e Mungioli é candidato a pré-deputado estadual.
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