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01/10/2002 - 17h58

Reaberta, catedral da Sé (SP) tem missas diárias e visitas guiadas

LÍVIA MARRA
da Folha Online

A catedral da Sé, no centro de São Paulo, reaberta domingo após três anos em obras, voltou a ter missas diárias. A novidade são as visitas monitoradas aos domingos, das 12h às 13h.

De segunda a sábado, o horário de funcionamento da catedral é das 8h às 18h. As missas são celebradas às 12h e o templo fica fechado das 14h às 15h. Confissões e atendimento aos fiéis são feitos em dois horários: às 10h e às 16h.

Aos domingos, a igreja fica aberta das 8h às 18h30, com duas missas: às 11h e às 17h. A visitação guiada começa às 12h. A catedral fecha das 13h às 15h e as confissões podem ser feitas às 9h ou às 16h.

Reforma
A catedral da Sé é um dos cinco maiores templos góticos do mundo e reabriu as portas após obras que consumiram R$ 19,5 milhões.

A missa que marcou a "reinauguração" foi celebrada pelo cardeal-arcebispo dom Cláudio Hummes. Um concerto de sinos, sob comando do carrilhador holandês Gerard Waarad, foi a atração especial.

O prédio passou por completa restauração: do piso às torres, passando pelas portas, pelo mobiliário e pelos 61 sinos. O prédio havia sido interditado em julho de 1999, quando um tijolo caiu do teto próximo ao altar. Passou por obras emergenciais, foi parcialmente reaberta em outubro de 1999 e novamente fechada em maio de 2000, com a aprovação do projeto de recuperação.

Restaurada, a catedral ganhou 14 torreões, previstos no projeto original, elaborado em 1912 pelo arquiteto Maximiliano Hehl. Apesar das torres existentes, os torreões não haviam sido concluídos, apesar da inauguração da catedral, em 1954.

As obras de recuperação proporcionaram resultados "surpreendentes", na opinião do cardeal-arcebispo de São Paulo, dom Cláudio Hummes.

A catedral ficou mais clara, mais iluminada, ganhou novo sistema de som e está mais segura para os frequentadores.

Durante os trabalhos, "descobertas" foram feitas dentro da catedral, surpreendendo engenheiros, arquitetos e operários. Um dos "achados" são as pranchas originais do projeto foram encontradas sob a arquibancada do coro, proporcionando subsídios para que a restauração fosse "a mais fiel possível", na avaliação do engenheiro Ronaldo Ritti, diretor da Divisão de Restauro de Patrimônio Histórico da Concrejato -empresa responsável pelas obras.

A reabertura, além de devolver o templo aos católicos, é o primeiro passo para a concretização de um projeto museológico. A meta é conjugar a catedral a um museu, como já existe em templos religiosos ao redor do mundo. A idéia é possibilitar ao visitante acesso a um acervo histórico, arquitetônico e cultural da catedral, além de uma visão da cidade, com roteiros internos e externos, pelas torres.

Recuperação
A catedral da Sé virou ponto de concentração para manifestações púbicas -como as Diretas Já, na década de 80- e enfrentou a degradação do tempo e da região.

Além da poluição e do tráfego pesado, moradores de rua usavam as laterais da catedral como dormitório, cozinha e até banheiro. Portas de jacarandá foram danificadas e vitrais, quebrados.

O interior da catedral também sofreu a ação do tempo. Infiltrações deixaram as paredes escuras, úmidas. Água corria pelos pilares e provocava alagamentos. Eram 4.000 metros de rachaduras.

Os serviços emergenciais começaram a ser feitas ainda em 1999. As obras de restauração tiveram início a partir de maio de 2000, quando foi aprovado o projeto.

A restauração contou com reparos nos vitrais, revitalização dos sinos, manutenção das redes hidráulica e elétrica, resolução de problemas que ameaçavam a estrutura -como rachaduras e infiltrações-, e lavagem e pintura do prédio.

Parte do dinheiro para a restauração veio de leis de incentivo à cultura. O restante -cerca de R$ 3,5 milhões- ainda está sendo arrecadado em doações, principalmente de empresários.


Leia mais:

  • Especial Catedral da Sé - Folha Online

    E veja também:

  • Site de Religiões da Folha Online

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