Publicidade
Publicidade
11/11/2002
-
19h47
da Folha Online
Dez presos morreram -três decapitados- durante rebelião que durou aproximadamente 12 horas na Penitenciária 1 de Franco da Rocha, na Grande São Paulo. Uma briga entre as facções Seita Satânica e CRBC (Comando Revolucionário Brasileiro da Criminalidade) foi a causa do motim. Presos ficaram feridos.
Esta foi a rebelião mais violenta do ano em penitenciárias do Estado. Em outubro, 11 detentos morreram durante motim na delegacia de Embu, o mais violento em delegacias.
O tumulto em Franco da Rocha começou por volta das 18h30 deste domingo, após horário de visitas. Armados, integrantes do CRBC renderam três agentes penitenciários e atacaram os rivais. Um deles foi libertado durante a madrugada e os outros dois por volta das 5h30, quando, segundo a Secretaria da Administração Penitenciária, "a rebelião foi dada como encerrada".
No entanto, os presos resistiram em voltar para as celas e a tropa de choque da Polícia Militar foi acionada.
Cinco detentos identificados como líderes do movimento foram transferidos para o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) em Avaré (262 km a oeste de São Paulo), onde estão também integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Durante a rebelião, parentes usavam telefones celular para falar com os detentos.
A penitenciária 1 de Franco da Rocha abrigava 1.016 presos antes da rebelião. A capacidade é para 852.
Durante vistoria realizada pela Polícia Militar, foram encontradas duas armas, dois celulares, 500 gramas de maconha e facas artesanais.
Disputa
O CRBC é uma dissidência do PCC.
Integrantes das duas facções e do CDL (Comando Democrático pela Liberdade) têm se enfrentado pelo controle de unidades e por ampliação de seus "soldados".
Em maio, uma briga entre presos do CRBC e do CDL provocou sete mortes na unidade 1 do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Guarulhos, na Grande São Paulo.
Leia mais:
Rebelião em Franco da Rocha deixa 10 mortos, confirma secretaria
Funcionários são libertados e termina rebelião em Franco da Rocha
Briga de facções provoca rebelião em presídio de Franco da Rocha
Rebelião em Franco da Rocha deixa 10 mortos; 3 foram decapitados
LÍVIA MARRAda Folha Online
Dez presos morreram -três decapitados- durante rebelião que durou aproximadamente 12 horas na Penitenciária 1 de Franco da Rocha, na Grande São Paulo. Uma briga entre as facções Seita Satânica e CRBC (Comando Revolucionário Brasileiro da Criminalidade) foi a causa do motim. Presos ficaram feridos.
Esta foi a rebelião mais violenta do ano em penitenciárias do Estado. Em outubro, 11 detentos morreram durante motim na delegacia de Embu, o mais violento em delegacias.
O tumulto em Franco da Rocha começou por volta das 18h30 deste domingo, após horário de visitas. Armados, integrantes do CRBC renderam três agentes penitenciários e atacaram os rivais. Um deles foi libertado durante a madrugada e os outros dois por volta das 5h30, quando, segundo a Secretaria da Administração Penitenciária, "a rebelião foi dada como encerrada".
No entanto, os presos resistiram em voltar para as celas e a tropa de choque da Polícia Militar foi acionada.
Cinco detentos identificados como líderes do movimento foram transferidos para o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) em Avaré (262 km a oeste de São Paulo), onde estão também integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Durante a rebelião, parentes usavam telefones celular para falar com os detentos.
A penitenciária 1 de Franco da Rocha abrigava 1.016 presos antes da rebelião. A capacidade é para 852.
Durante vistoria realizada pela Polícia Militar, foram encontradas duas armas, dois celulares, 500 gramas de maconha e facas artesanais.
Disputa
O CRBC é uma dissidência do PCC.
Integrantes das duas facções e do CDL (Comando Democrático pela Liberdade) têm se enfrentado pelo controle de unidades e por ampliação de seus "soldados".
Em maio, uma briga entre presos do CRBC e do CDL provocou sete mortes na unidade 1 do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Guarulhos, na Grande São Paulo.
Leia mais:
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice