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18/02/2003
-
18h03
da Agência Folha, em Belém
Laudo da Capitania dos Portos da Amazônia apontou que a superlotação não foi a principal causa do naufrágio do barco Dom Luiz 15-1º, ocorrido há dois meses no rio Pará, em Barcarena (120 km de Belém).
O barco tinha capacidade para 140 passageiros e carregava mais do que o dobro _365 pessoas, além de cargas no porão. Segundo o Corpo de Bombeiros, 44 passageiros morreram, sendo 15 crianças e dois adolescentes, e 16 ficaram desaparecidos. A embarcação fazia a linha Manaus-Santarém-Belém.
Segundo o laudo da Capitania, o naufrágio foi causado por "problemas externos" _como a forte maré no rio_ e pelo rompimento das calafetas, que fazem a ligação entre as tábuas no porão da embarcação.
A Capitania dos Portos só irá se manifestar sobre o laudo após a conclusão do inquérito administrativo instaurado na época do naufrágio, segundo sua assessoria de imprensa. O laudo foi entregue à Polícia Civil.
O delegado responsável pelo inquérito policial, Gutemberg Catete, indiciou por homicídio doloso o dono do barco, Carlos Augusto Gomes da Silva, o gerente da viagem, Paulo Narcy, o comandante José Carlos Rebelo Cardoso e o empresário Antônio Rocha Júnior, que teria alugado o barco em Manaus para fazer a viagem.
Segundo Catete, o laudo não influenciou na conclusão do inquérito policial, mas poderá ser usado pelos acusados na Justiça.
Rocha Júnior é filho do deputado estadual Antônio Rocha (PMDB), proprietário da Enart (Empresa de Navegação A.R. Transportes).
Em depoimento à polícia, o dono barco afirmou ter alugado o barco em Manaus por R$ 7.000 para Rocha Júnior, que nega a acusação.
O barco Dom Luiz 15-1º está sendo reformado em um estaleiro no município de Abaetetuba (PA) para voltar a navegar e deve ficar pronto em dois meses. O dono do barco chegou a ficar preso por um mês, mas conseguiu um habeas corpus.
Todos os indiciados estão em liberdade e negam o envolvimento no caso.
Laudo aponta que "problemas externos" causaram naufrágio no Pará
MAURÍCIO SIMIONATOda Agência Folha, em Belém
Laudo da Capitania dos Portos da Amazônia apontou que a superlotação não foi a principal causa do naufrágio do barco Dom Luiz 15-1º, ocorrido há dois meses no rio Pará, em Barcarena (120 km de Belém).
O barco tinha capacidade para 140 passageiros e carregava mais do que o dobro _365 pessoas, além de cargas no porão. Segundo o Corpo de Bombeiros, 44 passageiros morreram, sendo 15 crianças e dois adolescentes, e 16 ficaram desaparecidos. A embarcação fazia a linha Manaus-Santarém-Belém.
Segundo o laudo da Capitania, o naufrágio foi causado por "problemas externos" _como a forte maré no rio_ e pelo rompimento das calafetas, que fazem a ligação entre as tábuas no porão da embarcação.
A Capitania dos Portos só irá se manifestar sobre o laudo após a conclusão do inquérito administrativo instaurado na época do naufrágio, segundo sua assessoria de imprensa. O laudo foi entregue à Polícia Civil.
O delegado responsável pelo inquérito policial, Gutemberg Catete, indiciou por homicídio doloso o dono do barco, Carlos Augusto Gomes da Silva, o gerente da viagem, Paulo Narcy, o comandante José Carlos Rebelo Cardoso e o empresário Antônio Rocha Júnior, que teria alugado o barco em Manaus para fazer a viagem.
Segundo Catete, o laudo não influenciou na conclusão do inquérito policial, mas poderá ser usado pelos acusados na Justiça.
Rocha Júnior é filho do deputado estadual Antônio Rocha (PMDB), proprietário da Enart (Empresa de Navegação A.R. Transportes).
Em depoimento à polícia, o dono barco afirmou ter alugado o barco em Manaus por R$ 7.000 para Rocha Júnior, que nega a acusação.
O barco Dom Luiz 15-1º está sendo reformado em um estaleiro no município de Abaetetuba (PA) para voltar a navegar e deve ficar pronto em dois meses. O dono do barco chegou a ficar preso por um mês, mas conseguiu um habeas corpus.
Todos os indiciados estão em liberdade e negam o envolvimento no caso.
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