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06/05/2003
-
22h38
da Folha de S.Paulo, no Rio
A equipe médica do Hospital Pró-Cardíaco decidiu não remover, por enquanto, a bala alojada entre a segunda e a terceira vértebras cervicais da universitária Luciana Gonçalves Novaes, 19. Ela está em coma induzido e corre o risco de morrer.
O estado dela é considerado muito grave pelos médicos. No caso de sobreviver, a estudante poderá ficar tetraplégica (paralisia nos membros inferiores e superiores).
Novaes foi baleada ontem quando estava na cantina do campus principal da Universidade Estácio de Sá (Rio Comprido, zona norte).
Os médicos concluíram que a paciente não tem condições de suportar uma cirurgia para a remoção da bala. Uma nova avaliação deverá ser feita nesta quarta-feira, quando os médicos saberão se será possível realizar uma cirurgia ortopédica para colocação de duas placas metálicas que imobilizem a medula.
"O risco de morrer existe por causa do choque na medula. Mas ainda não sabemos se ela foi seccionada ou se houve apenas a compressão da medula, com a formação de um edema", disse o neurocirurgião José Augusto Nasser.
Segundo ele, ainda é cedo para saber se ela ficará tetraplégica ou paraplégica. Ele disse, no entanto, que as chances de não haver sequelas são pequenas.
Governo
A governadora do Estado do Rio, Rosinha Matheus (PSB), esteve ontem no hospital com a filha Clarissa, 20, para visitar a família da jovem.
A governadora afirmou que foi prestar solidariedade "como mãe que imagina a dor que os pais estão sentindo". Rosinha, que é evangélica, orou com os pais da vítima.
"Estou indignada com essa situação lamentável e vim me colocar à disposição deles para o que precisarem", afirmou.
O secretário estadual da Saúde, Gilson Cantarino, afirmou que o Estado pagará todas as despesas médicas da estudante, internada em um hospital particular.
Família
A universitária é filha temporã, 15 anos mais nova do que a irmã nascida antes dela. Ela tem duas irmãs e um irmão.
A jovem cursa o primeiro período de enfermagem, mas já cursara dois de educação física.
"Ela é o dengo da gente. É uma pessoa com quem a gente sempre teve muito cuidado, um amor muito grande, um carinho", disse o irmão Walmir Gonçalves Novaes, 36.
Segundo ele, a família não a deixava sair quando aconteciam ataques de traficantes no Rio.
"Mas nesse dia não teve nada. Minha mãe tinha ligado para ela cinco minutos antes [de ela ser atingida pela bala]", disse o irmão.
Segundo ele, no último fim de semana a família conversou sobre a possibilidade de ela pedir transferência para outro campus. "Ali [o Rio Comprido] é uma área complicada", afirmou.
Durante a semana, ela mora com a irmã mais velha, Georgiana, 38, no Méier (zona norte).
"Meus pais moram em Nilópolis [cidade na Baixada Fluminense], mas ela ficava durante a semana no Méier", disse.
Parentes e amigos passaram o dia no hospital. A universitária Raquel Teixeira, 22, estava ao lado da colega quando houve o tiro.
"Ouvi um barulho, me joguei no chão e depois corri. Estou com muito medo", disse ela, que pensa em mudar de campus.
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Advogado é morto nas proximidades de universidade no Rio
Estudante baleada no Rio continua em coma e corre risco de morte
TALITA FIGUEIREDOda Folha de S.Paulo, no Rio
A equipe médica do Hospital Pró-Cardíaco decidiu não remover, por enquanto, a bala alojada entre a segunda e a terceira vértebras cervicais da universitária Luciana Gonçalves Novaes, 19. Ela está em coma induzido e corre o risco de morrer.
O estado dela é considerado muito grave pelos médicos. No caso de sobreviver, a estudante poderá ficar tetraplégica (paralisia nos membros inferiores e superiores).
Novaes foi baleada ontem quando estava na cantina do campus principal da Universidade Estácio de Sá (Rio Comprido, zona norte).
Os médicos concluíram que a paciente não tem condições de suportar uma cirurgia para a remoção da bala. Uma nova avaliação deverá ser feita nesta quarta-feira, quando os médicos saberão se será possível realizar uma cirurgia ortopédica para colocação de duas placas metálicas que imobilizem a medula.
"O risco de morrer existe por causa do choque na medula. Mas ainda não sabemos se ela foi seccionada ou se houve apenas a compressão da medula, com a formação de um edema", disse o neurocirurgião José Augusto Nasser.
Segundo ele, ainda é cedo para saber se ela ficará tetraplégica ou paraplégica. Ele disse, no entanto, que as chances de não haver sequelas são pequenas.
Governo
A governadora do Estado do Rio, Rosinha Matheus (PSB), esteve ontem no hospital com a filha Clarissa, 20, para visitar a família da jovem.
A governadora afirmou que foi prestar solidariedade "como mãe que imagina a dor que os pais estão sentindo". Rosinha, que é evangélica, orou com os pais da vítima.
"Estou indignada com essa situação lamentável e vim me colocar à disposição deles para o que precisarem", afirmou.
O secretário estadual da Saúde, Gilson Cantarino, afirmou que o Estado pagará todas as despesas médicas da estudante, internada em um hospital particular.
Família
A universitária é filha temporã, 15 anos mais nova do que a irmã nascida antes dela. Ela tem duas irmãs e um irmão.
A jovem cursa o primeiro período de enfermagem, mas já cursara dois de educação física.
"Ela é o dengo da gente. É uma pessoa com quem a gente sempre teve muito cuidado, um amor muito grande, um carinho", disse o irmão Walmir Gonçalves Novaes, 36.
Segundo ele, a família não a deixava sair quando aconteciam ataques de traficantes no Rio.
"Mas nesse dia não teve nada. Minha mãe tinha ligado para ela cinco minutos antes [de ela ser atingida pela bala]", disse o irmão.
Segundo ele, no último fim de semana a família conversou sobre a possibilidade de ela pedir transferência para outro campus. "Ali [o Rio Comprido] é uma área complicada", afirmou.
Durante a semana, ela mora com a irmã mais velha, Georgiana, 38, no Méier (zona norte).
"Meus pais moram em Nilópolis [cidade na Baixada Fluminense], mas ela ficava durante a semana no Méier", disse.
Parentes e amigos passaram o dia no hospital. A universitária Raquel Teixeira, 22, estava ao lado da colega quando houve o tiro.
"Ouvi um barulho, me joguei no chão e depois corri. Estou com muito medo", disse ela, que pensa em mudar de campus.
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