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05/10/2003
-
14h55
da Folha Online
da Folha de S.Paulo
O deputado paranaense José Carlos de Castro Martinez, 55, era administrador de empresas, casado e pai de quatro filhos (Oscar, Mônica, Rodrigo e Priscila). Foi eleito deputado federal pela primeira vez em 1983 e exercia sua quarta legislatura.
Ele presidia o PTB, partido do qual fazia parte há 11 anos. Antes, foi filiado ao PDS (1981-1985), PMDB (1986-1989) e PRN (1990-1991).
A trajetória pública de Martinez começou no PDS, partido nascido da Arena (Aliança Renovadora Nacional), pilar político do regime militar (1964-1985), e terminou na base de sustentação do governo do PT de Lula.
Em 1986, foi eleito deputado federal constituinte, mas a notoriedade e a ascensão política só vieram em 1989, quando ele se filiou ao PRN (Partido da Reconstrução Nacional) e transformou-se em tesoureiro da candidatura do ex-presidente Fernando Collor, nas primeiras eleições diretas após o fim do regime.
Sob a égide de Collor, candidatou-se ao governo do Paraná no ano seguinte, mas perdeu para Roberto Requião. No início da década de 90, Martinez fez um empréstimo com PC para comprar a TV Corcovado do Rio de Janeiro e incorporá-la à rede de sua família no Paraná, a CNT (Rede OM).
Em 1992, foi acusado ter recebido US$ 4,5 milhões de Paulo César Farias. PC foi o chefe de um esquema de corrupção no governo de Fernando Collor de Mello (1990-92). Foi assassinado em 1996.
O dinheiro teria sido usado para quitar dívidas da TV, que mais tarde seria vendida ao Banco Bamerindus. A volta à vida pública ocorreu em 1998, como deputado federal do PTB, partido do qual ele assumiria o comando em 1999.
Nas eleições do ano passado, Martinez chegou a coordenar a campanha da Frente Trabalhista (PTB, PPS e PDT), do candidato Ciro Gomes. Mas, ainda por conta de seus vínculos com PC, foi afastado do cargo. No segundo turno, apoiou Lula.
O bom trânsito entre os petistas fez com que o empresário presenteasse o ministro José Dirceu (Casa Civil) com um relógio Rolex, que, mais tarde, descobriu-se, era falso. Martinez desculpou-se e disse que não sabia da falsificação.
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Saiba mais sobre José Carlos Martinez, presidente do PTB
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da Folha de S.Paulo
O deputado paranaense José Carlos de Castro Martinez, 55, era administrador de empresas, casado e pai de quatro filhos (Oscar, Mônica, Rodrigo e Priscila). Foi eleito deputado federal pela primeira vez em 1983 e exercia sua quarta legislatura.
Ele presidia o PTB, partido do qual fazia parte há 11 anos. Antes, foi filiado ao PDS (1981-1985), PMDB (1986-1989) e PRN (1990-1991).
Lula Marques/Folha Imagem O deputado Martinez |
Em 1986, foi eleito deputado federal constituinte, mas a notoriedade e a ascensão política só vieram em 1989, quando ele se filiou ao PRN (Partido da Reconstrução Nacional) e transformou-se em tesoureiro da candidatura do ex-presidente Fernando Collor, nas primeiras eleições diretas após o fim do regime.
Sob a égide de Collor, candidatou-se ao governo do Paraná no ano seguinte, mas perdeu para Roberto Requião. No início da década de 90, Martinez fez um empréstimo com PC para comprar a TV Corcovado do Rio de Janeiro e incorporá-la à rede de sua família no Paraná, a CNT (Rede OM).
Em 1992, foi acusado ter recebido US$ 4,5 milhões de Paulo César Farias. PC foi o chefe de um esquema de corrupção no governo de Fernando Collor de Mello (1990-92). Foi assassinado em 1996.
O dinheiro teria sido usado para quitar dívidas da TV, que mais tarde seria vendida ao Banco Bamerindus. A volta à vida pública ocorreu em 1998, como deputado federal do PTB, partido do qual ele assumiria o comando em 1999.
Nas eleições do ano passado, Martinez chegou a coordenar a campanha da Frente Trabalhista (PTB, PPS e PDT), do candidato Ciro Gomes. Mas, ainda por conta de seus vínculos com PC, foi afastado do cargo. No segundo turno, apoiou Lula.
O bom trânsito entre os petistas fez com que o empresário presenteasse o ministro José Dirceu (Casa Civil) com um relógio Rolex, que, mais tarde, descobriu-se, era falso. Martinez desculpou-se e disse que não sabia da falsificação.
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