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11/11/2003 - 10h44

Acusado de matar casal é "desequilibrado", diz polícia

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da Folha Online

"Desequilibrado". Assim policiais definiram o adolescente R.A.C., 16, acusado de envolvimento na morte dos estudantes Liana Friedenbach, 16, e Felipe Silva Caffé, 19.

O rapaz foi detido na última segunda-feira, quando os corpos do casal foram encontrados na região de Embu-Guaçu, na Grande São Paulo.

Segundo a polícia, o adolescente entrou em contradição e apresentou diferentes versões para o caso. Ao ser detido, disse que a intenção era, inicialmente, roubar o casal, que acampava em um sítio abandonado. Depois, o adolescente disse que iria sequestrar os estudantes.

Reprodução
Os estudantes Felipe e Liana
Ainda de acordo com a polícia, R.A.C. afirmou, em um primeiro momento, que "passou algo" pela sua cabeça e que sentiu "uma vontade de matar". O adolescente disse também que outros dois comparsas estão envolvidos no crime.

A polícia retornará hoje ao local onde os corpos do casal foram encontrados, na divisa entre Juquitiba e Embu-Guaçu, e tentará obter informações sobre os outros suspeitos de envolvimento nos assassinatos.

O corpo de Felipe foi localizado pela polícia a cerca de 4 km do local onde havia montado a barraca. O corpo de Liana foi encontrado perto do leito de um riacho, a 2 km de distância do local onde estava o corpo do estudante. Segundo a polícia, Felipe foi atingido por tiros e Liana, morta a facadas. A polícia aguarda resultado de exames para verificar se a estudante foi violentada.

Viagem

Liana e Felipe estavam desaparecidos desde o dia 31, quando foram acampar. Eles mentiram para os pais. Liana havia dito que iria para Ilhabela, no litoral, com um grupo de jovens da comunidade israelita. Os pais de Felipe disseram que sabiam que o rapaz iria acampar, mas acreditavam que ele estaria com amigos.

Os pais descobriram a mentira dois dias depois de os estudantes viajarem, porque eles não retornavam para casa. Para chegar ao sítio, o casal pegou um ônibus para Embu-Guaçu, em uma viagem de cerca de duas horas. Na cidade, compraram miojo, água, biscoitos e leite em pó.

De lá, pegaram um outro ônibus para Santa Rita, um lugarejo perto do sítio abandonado. Os estudantes ainda andaram 4,5 km a pé até o local em que acamparam, sob um telhado caindo aos pedaços.

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