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06/04/2004
-
02h34
ELIANE MENDONÇA
da Folha de S.Paulo, em São José dos Campos
Para avaliar as possibilidades da ocorrência de um novo ciclone no Brasil, um grupo de especialistas em meteorologia realiza hoje, às 15h, uma primeira reunião técnica para estudar o fenômeno.
No encontro, que acontece no Cptec (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos) do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), em Cachoeira Paulista (202 km de SP), será estudado o ciclone Catarina, que atingiu parte dos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina na madrugada do último dia 27.
O fenômeno chegou a ser confundido com um furacão e surpreendeu os institutos de meteorologia. O ciclone atingiu 40 cidades entre Torres (RS) e Laguna (SC). Cerca de 10 mil pessoas ficaram desabrigadas --duas morreram e oito estão desaparecidas.
Na ocasião, os meteorologistas chegaram a admitir que subestimaram os estragos que poderiam ser causados pelo ciclone, já que os institutos de meteorologia indicavam que os ventos perderiam a velocidade quando se aproximassem da costa.
A equipe é formada por dez cientistas --seis do Cptec, dois da USP (Universidade de São Paulo) e dois da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Os especialistas foram convocados pelo Cptec. Conforme a assessoria de imprensa do órgão, a iniciativa foi tomada por conta do ineditismo do fenômeno no país.
Além disso, o objetivo da reunião, primeira de uma série, será entender o que de fato aconteceu e, a partir das conclusões, encontrar soluções para auxiliar ações preventivas diante do risco de que o fenômeno volte a ocorrer.
Em nota técnica divulgada pelo Cptec e pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), um dia após o fenômeno, os institutos informaram que os centros de meteorologia vinham monitorando a formação do ciclone desde 24 de março, três dias antes da tragédia.
O que levou alguns a acreditar que, pela primeira vez, o Brasil estava às voltas com um furacão foi a mudança no sentido de rotação do vento, acompanhada pela formação de "um olho", características dos furacões.
Segundo o Cptec, a reunião será fechada e não há data para a divulgação de qualquer conclusão sobre o assunto. Os especialistas vão examinar os mapas e as imagens de satélite a que os centros de meteorologia tiveram acesso.
Grupo é criado para estudar ciclone Catarina
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da Folha de S.Paulo, em São José dos Campos
Para avaliar as possibilidades da ocorrência de um novo ciclone no Brasil, um grupo de especialistas em meteorologia realiza hoje, às 15h, uma primeira reunião técnica para estudar o fenômeno.
No encontro, que acontece no Cptec (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos) do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), em Cachoeira Paulista (202 km de SP), será estudado o ciclone Catarina, que atingiu parte dos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina na madrugada do último dia 27.
O fenômeno chegou a ser confundido com um furacão e surpreendeu os institutos de meteorologia. O ciclone atingiu 40 cidades entre Torres (RS) e Laguna (SC). Cerca de 10 mil pessoas ficaram desabrigadas --duas morreram e oito estão desaparecidas.
Na ocasião, os meteorologistas chegaram a admitir que subestimaram os estragos que poderiam ser causados pelo ciclone, já que os institutos de meteorologia indicavam que os ventos perderiam a velocidade quando se aproximassem da costa.
A equipe é formada por dez cientistas --seis do Cptec, dois da USP (Universidade de São Paulo) e dois da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Os especialistas foram convocados pelo Cptec. Conforme a assessoria de imprensa do órgão, a iniciativa foi tomada por conta do ineditismo do fenômeno no país.
Além disso, o objetivo da reunião, primeira de uma série, será entender o que de fato aconteceu e, a partir das conclusões, encontrar soluções para auxiliar ações preventivas diante do risco de que o fenômeno volte a ocorrer.
Em nota técnica divulgada pelo Cptec e pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), um dia após o fenômeno, os institutos informaram que os centros de meteorologia vinham monitorando a formação do ciclone desde 24 de março, três dias antes da tragédia.
O que levou alguns a acreditar que, pela primeira vez, o Brasil estava às voltas com um furacão foi a mudança no sentido de rotação do vento, acompanhada pela formação de "um olho", características dos furacões.
Segundo o Cptec, a reunião será fechada e não há data para a divulgação de qualquer conclusão sobre o assunto. Os especialistas vão examinar os mapas e as imagens de satélite a que os centros de meteorologia tiveram acesso.
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