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16/04/2004 - 02h39

Algas alteram gosto e odor de água para 2,7 mi

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da Folha de S.Paulo

A proliferação em excesso de cianobactérias (espécies de algas) na represa de Taiaçupeba (Grande São Paulo) alterou o sabor e o odor da água do sistema Alto Tietê, que serve 2,7 milhões de moradores da zona leste da capital e de cidades da região metropolitana.

O gosto ruim e o cheiro que lembra o de inseticida são causados pela geosmina, composto orgânico liberado por alguns gêneros de cianobactérias. A substância não causa nenhum mal à saúde, mas um desconforto no uso e no consumo da água afetada.

O problema, que começou a ser registrado no fim de semana, é uma conseqüência da degradação progressiva dos recursos hídricos da Grande São Paulo, seja pelo despejo regular de esgoto doméstico sem tratamento nos rios, córregos e represas, seja pela ocupação ilegal e precária, que leva ao lançamento clandestino de efluentes e lixo nos mananciais.

Combinação de fatores

O aumento do número das cianobactérias se deve conjunturalmente a uma combinação de três fatores: fósforo e nitrogênio em excesso, provenientes de matéria orgânica (lixo e esgoto), luminosidade e temperatura elevada.

De acordo com Armando Flores, gerente da Divisão de Controle de Qualidade da Água da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), é difícil, porém, isolar um fator que tenha desencadeado o processo, mais comum no verão.

Para tentar minimizar o problema, a Sabesp começou a usar carvão ativado em pó no tratamento da água do Alto Tietê. Também passou o abastecimento da região da Penha (zona leste da cidade) para o sistema Cantareira.

Para que o gosto e o odor cessem de vez, é necessário, porém, esperar o fim do ciclo de vida das cianobactérias, que geralmente dura uma semana, segundo Armando Flores.
 

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