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30/04/2004
-
04h00
da Folha de S.Paulo, em Ribeirão Preto
da Folha de S.Paulo
Relatório divulgado ontem pela Cetesb (agência ambiental paulista) aponta que alguns poços do aqüífero Guarani na região de Ribeirão Preto (314 km de São Paulo) apresentam uma concentração de metais maior que a permitida pelo Ministério da Saúde.
É o caso do chumbo em Pedregulho e Buritizal, do manganês em Matão e do ferro em Araraquara e em Sales Oliveira. O aqüífero é o maior manancial de água doce subterrânea do mundo, com 1,2 milhão de km2 de extensão. Apesar do alerta, o relatório concluiu que a água do aqüífero tem boa qualidade para o consumo.
O acúmulo de chumbo por meio da ingestão de água é mais prejudicial às crianças e pode causar retardamento físico e mental. Em adultos, pode provocar tonturas, cefaléia e perda de memória.
A presença de nitrato em um poço de Orlândia é alarmante --sua alta concentração causa uma anemia que pode matar crianças de menos de seis meses.
Segundo o gerente da Divisão de Controle Sanitário da Sabesp, Orlando Cintra Filho, são feitas medições semestralmente em Pedregulho e nunca foram achadas concentrações altas de chumbo.
O relatório da Cetesb aponta que 90% das amostras de água dos seis principais aqüíferos do Estado apresentam boa qualidade e podem ser usadas para abastecimento, e 10% precisam passar por tratamento antes do consumo.
Os índices não apresentam variação significativa em relação ao último estudo, feito de 1998 a 2000. Foram coletadas amostras em 162 poços dos aqüíferos Bauru, Guarani, Cristalino, Tubarão, Serra Geral e Terciário, utilizados para a captação de água por 72% dos municípios do Estado.
Clandestinos
A agência chamou a atenção para os poços clandestinos, principalmente na região metropolitana de São Paulo. Estimativas apontam para a existência de 5.000 deles, principalmente em condomínios, indústrias e hotéis.
"Além de causar prejuízos ao Estado, não se sabe qual a qualidade da água que está sendo consumida, pois não passa por nenhum controle", afirma Rubens Lara, presidente da Cetesb.
Na Grande São Paulo, existem cerca de 7.000 poços autorizados pelo DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), responsável pelo licenciamento e fiscalização do uso das águas subterrâneas. O departamento afirma que possui uma equipe formada por técnicos para fiscalizar os poços.
Aqüífero tem nível alto de metais, diz estudo
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da Folha de S.Paulo
Relatório divulgado ontem pela Cetesb (agência ambiental paulista) aponta que alguns poços do aqüífero Guarani na região de Ribeirão Preto (314 km de São Paulo) apresentam uma concentração de metais maior que a permitida pelo Ministério da Saúde.
É o caso do chumbo em Pedregulho e Buritizal, do manganês em Matão e do ferro em Araraquara e em Sales Oliveira. O aqüífero é o maior manancial de água doce subterrânea do mundo, com 1,2 milhão de km2 de extensão. Apesar do alerta, o relatório concluiu que a água do aqüífero tem boa qualidade para o consumo.
O acúmulo de chumbo por meio da ingestão de água é mais prejudicial às crianças e pode causar retardamento físico e mental. Em adultos, pode provocar tonturas, cefaléia e perda de memória.
A presença de nitrato em um poço de Orlândia é alarmante --sua alta concentração causa uma anemia que pode matar crianças de menos de seis meses.
Segundo o gerente da Divisão de Controle Sanitário da Sabesp, Orlando Cintra Filho, são feitas medições semestralmente em Pedregulho e nunca foram achadas concentrações altas de chumbo.
O relatório da Cetesb aponta que 90% das amostras de água dos seis principais aqüíferos do Estado apresentam boa qualidade e podem ser usadas para abastecimento, e 10% precisam passar por tratamento antes do consumo.
Os índices não apresentam variação significativa em relação ao último estudo, feito de 1998 a 2000. Foram coletadas amostras em 162 poços dos aqüíferos Bauru, Guarani, Cristalino, Tubarão, Serra Geral e Terciário, utilizados para a captação de água por 72% dos municípios do Estado.
Clandestinos
A agência chamou a atenção para os poços clandestinos, principalmente na região metropolitana de São Paulo. Estimativas apontam para a existência de 5.000 deles, principalmente em condomínios, indústrias e hotéis.
"Além de causar prejuízos ao Estado, não se sabe qual a qualidade da água que está sendo consumida, pois não passa por nenhum controle", afirma Rubens Lara, presidente da Cetesb.
Na Grande São Paulo, existem cerca de 7.000 poços autorizados pelo DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), responsável pelo licenciamento e fiscalização do uso das águas subterrâneas. O departamento afirma que possui uma equipe formada por técnicos para fiscalizar os poços.
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