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16/05/2004 - 02h31

Acusado de furtar livro raro é preso em SP

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da Folha de S.Paulo

A polícia paulista recuperou anteontem um dos 13 livros furtados do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, no início do mês. Um estudante de biblioteconomia foi preso sob acusação de ser o autor do furto. Outros três universitários são investigados, sob suspeita de formarem uma quadrilha especializada em roubar raridades de acervos públicos do país.

No apartamento do estudante, no centro de São Paulo, foram encontrados outros 15 livros raros de bibliotecas públicas, um documento supostamente assinado por dom Pedro 2º e 76 fotos antigas do Rio de Janeiro. Dois dos livros pertencem à Biblioteca Municipal Mário de Andrade, onde o estudante trabalha como estagiário. Um dos livros é de uma biblioteca de Blumenau, em Santa Catarina, e outros dois são do Instituto de Zoologia da USP.

A polícia chegou até o estudante por meio de uma denúncia feita por um livreiro, que trabalha na feira de artes e antigüidades do Bexiga (região central de São Paulo). Ele comprou as 76 fotos e o livro de botânica "Medicina Brasiliensi", escrito em latim em 1648 pelo holandês Piso Willem, por R$ 2.000. A obra é avaliada entre R$ 50 mil e R$ 70 mil.

O livreiro, que segundo a polícia não quis ser identificado, assistiu no "Jornal Nacional", da Rede Globo, uma reportagem sobre o sumiço dos livros do Museu Nacional e identificou a peça que havia comprado como uma das desaparecidas. Ele procurou a polícia e a Secretaria Estadual de Cultura para entregar a obra.

"Rastreamos as informações do livreiro e chegamos a esses estudantes. Prendemos um deles em flagrante com vários livros roubados. Os outros estão sendo investigados", afirmou o delegado Mário Jordão Leme, da 1º Delegacia Seccional de São Paulo.

Segundo o delegado, o estudante preso, Laéssio Rodrigues de Oliveira, 31, já foi acusado, há cinco anos, de furtar livros de uma biblioteca da cidade. O advogado de Oliveira não foi localizado pela reportagem.
 

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