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04/06/2004
-
00h50
da Folha Online
Os familiares de Fabiana Lobão de Freitas, 25, uma das pessoas mortas por Mateus da Costa Meira, em uma sala de cinema do MorumbiShopping (zona sul de São Paulo), em 1999, receberam a condenação do acusado "aliviadas", mas pediram mudanças no Código Penal brasileiro.
Meira foi condenado na noite desta quinta-feira a 120 anos e seis meses de reclusão, sendo 110 anos e seis meses em regime fechado. Porém, no Brasil, o condenado pode permanecer, no máximo, 30 anos na prisão.
"Foi o mínimo que podia acontecer, mas isso não vai resolver. Acho inclusive que o Código Penal precisa ser mudado porque 30 anos não são suficientes. Quando ele for solto vai continuar cometendo este tipo de crime", disse Juliana Lobão de Freitas, irmã de Fabiana.
"Foi [um sentimento] muito bom, mas nada vai substituir, nada vai confortar o suficiente, mas dentro do possível, foi ótimo", completou.
Justiça
De acordo com Marília de Freitas Toledo, prima de Fabiana, a sentença divulgada pela juíza Maria Cecília Leone causou uma sensação de "justiça parcial".
"Foi uma sensação de justiça parcial porque a gente sabe que não acaba aqui. As pessoas responsáveis por essa legislação têm que refazer isso, porque esse cara não pode ser solto novamente. Ele vai ser solto e vai fazer isso [assassinar] o filho de outras pessoas, e outras pessoas vão sofrer o que a gente tá sofrendo.", afirmou.
"A Justiça não acabou aqui. Ele merecia ficar 110, 120, 300 anos [na prisão]", disse Marília.
Tia
Questionada sobre como foi acompanhar os três dias de julgamento de Meira, Maria Regina de Freitas, tia de Fabiana, disse que foram "terríveis".
"Não existe forma de expressar a ansiedade, a angústia, a raiva, a incredulidade. Não existe palavra nenhuma que possa explicar o que a gente sente", afirmou.
"Ouvir a sentença foi um alívio, uma sensação de justiça, lógico, embora isso não vá trazer a Fabiana de volta. Trinta anos é o máximo, mas ele e outros que cometem atitude deste tipo têm que ficar mesmo é a vida inteira na prisão, porque quando ele sair, vai matar de novo, então a lei tem que mudar", disse Maria aos prantos.
Crime
O crime aconteceu na noite de 3 de novembro de 1999. Meira, armado com uma submetralhadora 9 mm, atirou contra pessoas que assistiam ao filme "Clube da Luta", na sala 5 do cinema. À época do crime, Meira, que ficou conhecido como o atirador do shopping, cursava o 6º ano de medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Na sala de cinema estavam mais de 60 pessoas. Meira foi denunciado em 1999 pelo Ministério Público por três homicídios e 36 tentativas, já que o pente da submetralhadora usada por ele tinha capacidade para 40 balas. Porém, um dos tiros havia sido disparado contra o espelho do banheiro do shopping.
No início de 2003, o 1º Tribunal do Júri da Capital chegou a marcar o julgamento para o dia 4 de fevereiro, mas foi adiado.
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Os familiares de Fabiana Lobão de Freitas, 25, uma das pessoas mortas por Mateus da Costa Meira, em uma sala de cinema do MorumbiShopping (zona sul de São Paulo), em 1999, receberam a condenação do acusado "aliviadas", mas pediram mudanças no Código Penal brasileiro.
Meira foi condenado na noite desta quinta-feira a 120 anos e seis meses de reclusão, sendo 110 anos e seis meses em regime fechado. Porém, no Brasil, o condenado pode permanecer, no máximo, 30 anos na prisão.
"Foi o mínimo que podia acontecer, mas isso não vai resolver. Acho inclusive que o Código Penal precisa ser mudado porque 30 anos não são suficientes. Quando ele for solto vai continuar cometendo este tipo de crime", disse Juliana Lobão de Freitas, irmã de Fabiana.
"Foi [um sentimento] muito bom, mas nada vai substituir, nada vai confortar o suficiente, mas dentro do possível, foi ótimo", completou.
Justiça
De acordo com Marília de Freitas Toledo, prima de Fabiana, a sentença divulgada pela juíza Maria Cecília Leone causou uma sensação de "justiça parcial".
"Foi uma sensação de justiça parcial porque a gente sabe que não acaba aqui. As pessoas responsáveis por essa legislação têm que refazer isso, porque esse cara não pode ser solto novamente. Ele vai ser solto e vai fazer isso [assassinar] o filho de outras pessoas, e outras pessoas vão sofrer o que a gente tá sofrendo.", afirmou.
"A Justiça não acabou aqui. Ele merecia ficar 110, 120, 300 anos [na prisão]", disse Marília.
Tia
Questionada sobre como foi acompanhar os três dias de julgamento de Meira, Maria Regina de Freitas, tia de Fabiana, disse que foram "terríveis".
"Não existe forma de expressar a ansiedade, a angústia, a raiva, a incredulidade. Não existe palavra nenhuma que possa explicar o que a gente sente", afirmou.
"Ouvir a sentença foi um alívio, uma sensação de justiça, lógico, embora isso não vá trazer a Fabiana de volta. Trinta anos é o máximo, mas ele e outros que cometem atitude deste tipo têm que ficar mesmo é a vida inteira na prisão, porque quando ele sair, vai matar de novo, então a lei tem que mudar", disse Maria aos prantos.
Crime
O crime aconteceu na noite de 3 de novembro de 1999. Meira, armado com uma submetralhadora 9 mm, atirou contra pessoas que assistiam ao filme "Clube da Luta", na sala 5 do cinema. À época do crime, Meira, que ficou conhecido como o atirador do shopping, cursava o 6º ano de medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Na sala de cinema estavam mais de 60 pessoas. Meira foi denunciado em 1999 pelo Ministério Público por três homicídios e 36 tentativas, já que o pente da submetralhadora usada por ele tinha capacidade para 40 balas. Porém, um dos tiros havia sido disparado contra o espelho do banheiro do shopping.
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