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27/07/2004
-
10h37
do Agora
da Folha Online
Madeira, cano de ferro e alguns parafusos. Com esse material, já existe gente fazendo arma para entregar à Campanha do Desarmamento. Informações que chegaram à Superintendência da Polícia Federal na semana passada dão conta de que serralheiros estariam começando a fabricar armamentos rústicos com o objetivo de conseguir a indenização, que vai de R$ 100 a R$ 300, dependendo do modelo apresentado.
"Já ouvimos falar em gente fazendo arma com a finalidade de receber a recompensa", disse o delegado da PF Antônio Wagner Castilho. Ele ressalta que armas artesanais com aspecto de novas não têm vez na campanha. "Essas não serão aceitas pela PF."
Mas algumas peças de "fundo de quintal" já foram recebidas, com direito a remuneração de R$ 100. Uma arma calibre 12 e outra calibre 32, que aparentam já terem sido usadas, são exemplos.
"São sistemas rústicos, mas que podem funcionar", afirmou o delegado da PF. A arma de calibre 12, que se assemelha fisicamente a um fuzil, foi fabricada com materiais fáceis de serem comprados, como parafusos, madeira, cano de ferro e fita isolante.
O sistema de disparo, com gatilho simples, utiliza parafuso e mola. A arma não foi testada, mas, de acordo com a PF, aparentemente ainda seria capaz de atirar. Ao contrário da calibre 12, a calibre 32 artesanal recebida pela polícia não tem mais poder de detonação. Confeccionada em madeira e ferro, a peça está sem alguns dos seus componentes.
"A lei [do Estatuto do Desarmamento] não diz em que estado de conservação a arma tem de estar para que o seu dono seja indenizado", afirma Castilho. Por isso, de acordo com ele, a campanha tem recebido todo tipo de arma.
Recorde
Na última sexta-feira, uma estudante de Jundiaí (60 km de SP) marcou um recorde ao entregar cerca de 1.300 armas à campanha.
A Polícia Federal recebeu mais de 5.000 armas em todo o país após a publicação de portaria que estabeleceu os valores de indenização pela entrega, no Estatuto do Desarmamento, no último dia 15.
A meta inicial de recolhimento é de 80 mil armas até o fim do ano, número previsto de indenizações com o crédito especial de R$ 10 milhões aprovado pelo Congresso. No entanto, a PF acredita que a meta será atingida antes.
O diretor-geral da Polícia Federal, delegado Paulo Lacerda, assinou portaria que autoriza outras instituições militares e de segurança pública a receberem as armas, como os quartéis do Exército, as polícias Militar e Civil e o Corpo de Bombeiros.
A indenização a ser paga pela arma vai de R$ 100 a R$ 300, de acordo com o tipo e o calibre.
Segundo a PF, o valor será depositado em conta corrente informada pelo interessado, e deverá ocorrer em até 30 dias após a entrega da arma em qualquer delegacia, posto ou superintendência da Polícia Federal no país.
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da Folha Online
Madeira, cano de ferro e alguns parafusos. Com esse material, já existe gente fazendo arma para entregar à Campanha do Desarmamento. Informações que chegaram à Superintendência da Polícia Federal na semana passada dão conta de que serralheiros estariam começando a fabricar armamentos rústicos com o objetivo de conseguir a indenização, que vai de R$ 100 a R$ 300, dependendo do modelo apresentado.
"Já ouvimos falar em gente fazendo arma com a finalidade de receber a recompensa", disse o delegado da PF Antônio Wagner Castilho. Ele ressalta que armas artesanais com aspecto de novas não têm vez na campanha. "Essas não serão aceitas pela PF."
G Roth/Folha Imagem |
Armas artesanais recebidas pela Polícia Federal |
"São sistemas rústicos, mas que podem funcionar", afirmou o delegado da PF. A arma de calibre 12, que se assemelha fisicamente a um fuzil, foi fabricada com materiais fáceis de serem comprados, como parafusos, madeira, cano de ferro e fita isolante.
O sistema de disparo, com gatilho simples, utiliza parafuso e mola. A arma não foi testada, mas, de acordo com a PF, aparentemente ainda seria capaz de atirar. Ao contrário da calibre 12, a calibre 32 artesanal recebida pela polícia não tem mais poder de detonação. Confeccionada em madeira e ferro, a peça está sem alguns dos seus componentes.
"A lei [do Estatuto do Desarmamento] não diz em que estado de conservação a arma tem de estar para que o seu dono seja indenizado", afirma Castilho. Por isso, de acordo com ele, a campanha tem recebido todo tipo de arma.
Recorde
Na última sexta-feira, uma estudante de Jundiaí (60 km de SP) marcou um recorde ao entregar cerca de 1.300 armas à campanha.
A Polícia Federal recebeu mais de 5.000 armas em todo o país após a publicação de portaria que estabeleceu os valores de indenização pela entrega, no Estatuto do Desarmamento, no último dia 15.
A meta inicial de recolhimento é de 80 mil armas até o fim do ano, número previsto de indenizações com o crédito especial de R$ 10 milhões aprovado pelo Congresso. No entanto, a PF acredita que a meta será atingida antes.
O diretor-geral da Polícia Federal, delegado Paulo Lacerda, assinou portaria que autoriza outras instituições militares e de segurança pública a receberem as armas, como os quartéis do Exército, as polícias Militar e Civil e o Corpo de Bombeiros.
A indenização a ser paga pela arma vai de R$ 100 a R$ 300, de acordo com o tipo e o calibre.
Segundo a PF, o valor será depositado em conta corrente informada pelo interessado, e deverá ocorrer em até 30 dias após a entrega da arma em qualquer delegacia, posto ou superintendência da Polícia Federal no país.
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