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Antes tarde do que nunca?

Rodrigo Zavala
Equipe GD

Sem querer descreditar o caráter politicamente correto da criação da Secretaria de Defesa do Direito da Mulher, é absolutamente discutível a instauração desse órgão a poucos meses das eleições. O presidente da República teve mais de sete anos para fazer isso, no entanto, deu preferência a pleitos partidários inúteis, como foi a exigência do PFL de criação do já extinto Ministério de Relações Institucionais, o Mirin, que nunca serviu para nada.

''Num país como o nosso, já está é tarde'', admitiu o próprio presidente. Mas, chances e demandas para implantar o órgão não faltaram. Guacira Cesar, diretora do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea), integrou o grupo de cerca de 300 organizações que propuseram a criação da secretaria aos candidatos em 1994. Fizeram inúmeras tentativas recebendo, contudo, sumárias negativas.

O governo nega interesse eleitoral e o suposto objetivo de neutralizar o apelo feminino detectado a partir da candidatura de Roseana Sarney. Porém, nove meses antes de deixar o cargo, quando não há mais tempo da Secretaria mostrar qualquer resultado, fica parecendo que FHC agiu para esconder o vazio de seu governo em relação à mulher. O único resultado efetivo da empreitada é o de adensar a própria biografia. E ainda não deixa de ser uma carta na manga para eventuais acusações de Roseana sobre a risível perseguição política pelo fato de ser mulher.

Leia mais:
- FHC cria Secretaria dos Direitos da Mulher

 

 
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