Estudantes
turcas de escolas de saúde precisam ser virgem
Cristina
Veiga
Equipe GD
Antigamente,
mas muito antigamente, a virgindade era pré-requisito
para o casamento em alguns países. Ninguém podia
imaginar que, a essa altura do campeonato, em pleno século
XXI, este tabu ainda pudesse ser usado contra as mulheres.
Mas é. Na Turquia quem perder a virgindade entre os
13 e 17 anos pode ser expulsa das escolas técnicas
de saúde. Pior: se houver suspeita sobre o assunto,
a vítima será submetida a um teste de virgindade.
A coisa
por lá é levada tão a sério que
várias meninas suicidaram no ano passado depois de
passarem pelo teste de virgindade. É que, até
então, ser virgem era pré-requisito para estudar
em qualquer escola pública turca. Finalmente grupos
feministas conseguiram banir os testes de virgindade das escolas
públicas. A obrigatoriedade desses testes foi determinada
pelo ministro da Saúde, Osman Durmus. Não foi
sua primeira decisão polêmica. Foi ele que, em
1999 rejeitou doações internacionais de sangue
para as vítimas do terremoto que matou mais de 20 mil
pessoas. A alegação: que iriam "poluir"
as vítimas.
Leia
mais
|
|
|
Subir
|
|
Escolas
de saúde turcas farão teste de virgindade
O Ministério
da Saúde da Turquia adotou um novo código disciplinar
que impõe a virgindade às alunas das escolas
técnicas de saúde. Segundo informou a imprensa
turca, as jovens entre 13 e 17 anos que se prostituírem
ou mantiverem relações sexuais poderão
ser expulsas sem direito a apelação. Em caso
de suspeita, elas poderão ser submetidas a um teste
de virgindade.
O diário
"Hurriyet", um dos de maior tiragem da Turquia,
acusou o ministro da Saúde, Osman Durmus, de querer
se transformar no "guardião da moralidade".
Durmus pertence ao radical Partido de Ação Nacionalista,
um dos três membros da coalizão que sustenta
o premier Bülent Ecevit.
Grupos
feministas do país criticaram a decisão do ministro.
No ano passado eles conseguiram banir os testes de virgindade
nas escolas públicas depois de uma série de
suicídios de meninas testadas. Não foi a primeira
decisão polêmica de Durmus. Em 1999, após
um devastador terremoto que matou mais de 20 mil pessoas,
ele rejeitou doações internacionais de sangue
alegando que iriam "poluir" as vítimas.
(O Globo)
|
|
|
Subir
|
|
|