Aos
amigos tudo, aos inimigos nada
Cristina
Veiga
Equipe GD
O governo
dos Estados Unidos não toma jeito mesmo. Funciona como
aquele velho ditado: "Aos amigos tudo, aos inimigos nada".
Quando são os EUA que invadem países, iniciam
uma guerra, intervém em alguma nação,
tudo pode. Agora, quando a história não lhes
favorece, armam o maior escarcéu. O bode expiatório
da vez é o diretor-geral da Organização
para a Proscrição de Armas Químicas (Opaq),
José Maurício Bustani. Por acaso, um diplomata
brasileiro. Sabe o que ele fez? Teve a "ousadia"
de determinar a inspeção nas fábricas
químicas norte-americanas.
Obviamente,
o governo de George W. Bush não diz que a razão
é esta. Nem tão idiota. Pede, oficialmente,
para que o embaixador brasileiro renuncie ao cargo por haver
"perdido confiança" em sua administração
frente à Opaq. Que tal? O mais triste é ver
que os países europeus continuam baixando a cabeça
para as ordens norte-americanas. A União Européia
apoiou a posição do governo W. Bush. Felizmente,
alguns países como Rússia, China e Índia
declararam apoio ao diretor-geral da Opaq. O que não
quer dizer que ele não dance.
Um dos
comentários em Haia, na Holanda, é o de que
o brasileiro não teria tido um bom desempenho da administração
financeira da Opaq. Não parece ser a razão.
Não foi preciso o Brasil defender seu diplomata. A
Índia, país membro da Opaq, saiu em defesa de
Bustani: se a organização sofre problemas, a
culpa não é de seu diretor, mas dos membros
da entidade. Além da atitude "ousada", o
embaixador brasileiro parece ter irritado mais ainda a administração
W. Bush por ser contra uma nova intervenção
militar dos EUA no Iraque.
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