Pais
contratam detetive para descobrir se filho usa droga Cristina
Veiga Equipe
GD Aumenta cada
dia mais o número de pais que inutilmente contratam detetives para descobrir
se seus filhos usam drogas. Além da medida ser considerada ineficaz, os
profissionais que trabalham nessa área são totalmente desconhecidos
até de especialistas em dependência química. Mesmo assim,
o número de contratações passou de um para quatro por mês
nos últimos anos. O alvo são jovens de 17 anos, da classe média
alta, que compram drogas com amigos. O
trabalho dos detetives leva 15 dias e as técnicas vão de escuta
telefônica até seguir a pessoa com uma microcâmera. Com tudo
atestado, os pais têm dois tipos de reação: internar os filhos
ou tentar afastá-los dos fornecedores. "O dependente químico
encontra droga em qualquer lugar. O pai não precisa de detetive, mas de
informação", alerta o diretor de tratamento da Clínica
Jorge Jaber, Marcelo Carvalho, para quem essa técnica é inútil. Para
a coordenadora do curso em dependência química da Universidade Estácio
de Sá, Magda Vaissman, investigar o filho é uma medida tão
extrema quanto interná-lo num hospício. Segundo ela, há o
risco de o jovem se fechar, como acontece no filme "Bicho de sete cabeças",
estrelado por Rodrigo Santoro. Leia
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Pais
recorrem a detetives para investigar os filhos
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