O
celular em sala de aula pode deixar de ser vilão e
virar aliado dos professores no Estado do Rio. O envio de
torpedos SMS para os pais de alunos faltosos é uma
das medidas previstas no programa Conexão Educação,
que começa a vigorar na volta às aulas na rede
estadual.
Os cerca de 1,5 milhão de alunos das escolas estaduais
passarão a ter um cartão com chip e foto, que
será usado na catraca dos ônibus, nos refeitórios
e para "bater ponto" em computadores instalados
nas mesas dos professores.
Quem faltar um dia receberá automaticamente um torpedo
no próprio celular cobrando justificativa. Se a ausência
chegar a três dias, a mensagem vai para o pai do aluno.
Os estudantes também serão parabenizados ou
advertidos por celular dependendo das notas.
"Nós teremos ainda uma pauta eletrônica
onde o professor vai gravar os conteúdos das aulas,
notas e observações sobre os alunos", diz
a secretária estadual da Educação, Tereza
Cristina Porto Xavier. O governo espera que o programa esteja
funcionando plenamente em todas as 1.597 escolas até
maio.
Na quarta, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que a prefeitura
estuda criar um sistema semelhante na rede municipal. No dia
anterior, Lula disse ter pedido que o sistema fosse apresentado
ao ministro Fernando Haddad.
André Zahar Folha de S. Paulo
HC de Ribeirão Preto manda dado de paciente direto
ao celular de médico
Projeto desenvolvido no HC (Hospital das Clínicas)
de Ribeirão Preto pretende encurtar a distância
entre o médico à beira do leito do paciente
e o arquivo com prontuário e resultados de exames.
O serviço envia para o celular ou palmtop do profissional
dados que ele poderá acessar enquanto examina o doente.
Dois médicos da equipe de cirurgia
gástrica estão testando a novidade durante 30
dias, e a intenção é estendê-la.
Atualmente, para saber da situação do paciente,
o médico precisa se deslocar até os computadores
instalados nos corredores.
Pelo novo sistema, o conteúdo
pode ser captado, via internet sem fio, por smartphone, o
chamado celular inteligente, palmtop ou notebook. Por segurança,
os dados só podem ser acessados do próprio hospital.
Na primeira fase, que começou
no dia 19 janeiro, são transmitidos o prontuário
médico com resultados de exames laboratoriais. Esta
etapa apenas permite envio de dados em forma de texto, mas
a intenção é estender as informações
com outros recursos, como os sinais vitais do paciente (pressão,
frequência cardíaca) e gráficos cruzando
os exames.
O maior desafio está em transpor
imagens, como exames de raio-X, às pequenas telas.
"Temos de adaptar de uma tela de computador de 17 polegadas
para uma menor, de 2,5 polegadas", afirmou o coordenador
do projeto, Wilson Moraes Góes, do CIA (Centro de Informações
e Análise) do HC.
Segundo Góes, se comprovada
a eficácia do serviço, o hospital instalará
pontos de rede sem fio no prédio. A prioridade será
implantar o sistema em salas de enfermaria, de pré
e pós-cirurgia, e onde estão os leitos.
Afeito à tecnologia, o médico
cirurgião gástrico Ajith Kumar Sankarakutty,
42, aprovou o sistema on-line de acesso ao prontuário
médico.
"Antes, eu tinha de sair do quarto,
ir à enfermaria acessar o computador e imprimir os
resultados para voltar. É um diferencial na agilidade
e até na confiança do paciente", disse.