Para
estimular expansão, governo destinará mais verbas
do Fundeb
Mesmo sem diretrizes claras sobre o ensino em dois turnos,
a educação básica integral na rede pública
passará a ter mais recursos a partir deste ano. Para
incentivar a expansão do tempo integral, o governo
determinou um repasse de cotas 25% maiores do Fundo de Manutenção
e Desenvolvimento da Educação Básica
(Fundeb) para alunos matriculados no ensino fundamental e
médio integrais, assim como no ensino médio
profissionalizante.
Pela primeira vez, o valor mínimo destinado a esses
estudantes é superior à cota padrão.
“Como em todo o ensino básico, o Ministério
da Educação não criou regras nacionais.
Ele atua apenas na indução, como nesse caso
de diferenciar o valor do Fundeb”, diz o secretário
da Educação Básica do MEC, Francisco
das Chagas Fernandes.
Para se encaixar na categoria de ensino integral, as escolas
precisam obedecer a apenas dois critérios: ter carga
horária de pelo menos seis horas diárias e oferecer
atividades diferentes do currículo tradicional.
Vários Estados e municípios montaram projetos-piloto
nos últimos anos, muitos deles bem-sucedidos, mas a
falta de diretrizes preocupa o Conselho Nacional de Secretários
de Educação (Consed). “Só o tempo
dentro da escola não garante um ensino melhor”,
alerta a presidente da entidade, Maria Auxiliadora Resende.
Para ela, os setores interessados ainda têm de discutir
a melhor forma de ampliar a permanência das crianças
nos colégios. “Se a intenção é
influenciar os resultados da nossa educação,
é preciso montar uma nova proposta pedagógica,
que inclua lazer e cultura, mas que também aumente
a carga para disciplinas como português e matemática”,
diz.
A presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais
de Educação (Undime), Maria do Pilar Almeida
e Silva, recebeu com satisfação a diferença
nos valores do Fundeb, mas não sabe se ela provocará
o aumento de vagas no ensino integral a curto prazo. “Sem
dúvida os governos serão estimulados, mas além
da questão financeira, muitas vezes há a falta
de espaços”, diz ela.
Treinamento
Antes de implantar o tempo integral ou o curso profissionalizante
integrado ao ensino médio, os governos devem ainda
treinar os funcionários e melhorar a infra-estrutura.
Foi isso o que mostrou a experiência do Paraná,
que desde 2004 oferece ensino profissionalizante integrado.
“Para instalar os laboratórios e preparar os
docentes, é essencial discutirmos um financiamento”,
diz a chefe do departamento de educação e trabalho
do Estado, Sandra Garcia. Ela também ressalta a importância
de cursos vinculados à realidade socioeconômica.
Luciana Alvarez
As informações são do jornal O Estado
de S.Paulo
Experiências de
tempo integral:
Belo Horizonte
Mineiros reinventam a escola
Em BH,
atividades educativas terão 9 horas diárias
BH
lança programa educacional inédito no País
Iniciativas
transformam a vida de jovens estudantes
Nova Iguaçu
Apenas
R$ 12
Bairro-escola
ajuda a resolver problemas sociais
Em
Nova Iguaçu, bairro escola é política
pública efetiva
Recife
O milagre da educação de Lula
Qualidade
estampada na porta da escola
Bônus
Salarial: inovação na educação dos EUA e de Pernambuco
Áudio dos comentários
|