Marina Rosenfeld
Karina Costa (colaboração)
especial para o GD

Um maranhense, radicado em Itajaí (SC), resolveu tratar a questão das doenças sexualmente transmissíveis por conta própria. Desde 1998, João da Cruz Ramos Filho sai distribuindo por todo o país o que ele chama de “preservativo poético”. São camisinhas com poemas publicados em suas embalagens.

Os pequenos textos, além de falarem sobre doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids, também explicitam outras questões sociais, como o preconceito racial, prostituição, infância e fome.

Apesar de escrever sobre a Aids, Ramos Filho nada tem a ver com o tema. Ele é bacharel em Estudos Sociais e em Direito. Mas sempre se interessou por “doenças sociais”. “Por que não lançar preservativos com mensagens educativas e poéticas? Se você trata de saúde, você trata de amor”, diz ele, que já distribuiu mais de 40 mil camisinhas em diversas cidades brasileiras.

A idéia de Ramos Filho repercutiu tanto que uma empresa fabricante de preservativos começou a patrociná-lo, com doação de camisinhas. As embalagens letradas, no entanto, ficaram por conta do escritor, que já gastou um bom dinheiro só com a impressão das poesias.

Hoje, o maranhense participa de inúmeros simpósios sobre Aids e não perde a oportunidade de fazer a sua campanha. Seu grande sonho é lançar camisinhas poéticas nos países africanos.

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