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18/04/2008


Vale adota programa de recrutamento internacional

 

A Vale tornou-se esta semana a primeira empresa do brasileira a criar um programa de recrutamento internacional de alto nível, nos moldes dos que são feitos tradicionalmente por grandes empresas multinacionais. Desde ontem estão disponíveis no seu site as regras para inscrição no programa de estágio de férias, ou "summer job", destinado a recrutar nove alunos de cursos de MBA das cem melhores escolas mundiais de negócios, classificadas pelo ranking do jornal britânico "Financial Times".

Dos selecionados, sete irão estagiar durante três meses no Brasil, um no Canadá e outro na Austrália. "Queremos ter acesso aos melhores talentos do mundo", disse ao Valor Hanna Meirelles, gerente de Recrutamento Internacional e Projetos da Vale. Ela destacou que essa é uma prática clássica das grandes corporações mundial. Quem for escolhido receberá no período bolsa-auxílio de US$ 4.300, entre outros benefícios. Não há restrição de idade e nem de nacionalidade.

Um dos objetivos do programa, segundo Hanna, é "capturar brasileiros talentosos que estão estudando em universidades lá fora". Os candidatos selecionados terão que, ao final do período, apresentar um projeto relevante à Vale. Após a conclusão do MBA, desponta como potencial candidato a trabalhar na empresa. A Vale fará também recrutamento pró-ativo nas 25 melhores escolas, dos Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, França, Índia e China.

Chico Santos
Valor Econômico

Alunos de engenharia são pagos apenas para estudar
Estudantes ganham bolsas de empresas sem trabalhar, devido à disputa no mercado

Uma fabricante de tubos paga R$ 750 para 40 alunos da USP, ITA e FEI, apenas para que eles mantenham contato com a empresa

Em meio a uma intensa disputa no mercado por estagiários e recém-formados em engenharia, alunos da área têm recebido uma proposta tentadora: auxílio financeiro em troca apenas da manutenção de um relacionamento com a empresa. Sem precisar trabalhar.

O benefício é oferecido, por exemplo, pela TenarisConfab, fabricante de tubos de aço soldado, que fornece material para a Petrobras. Aos melhores estudantes do ITA, USP e Centro Universitário da FEI, a empresa dá uma bolsa mensal de R$ 750. Neste ano, são 40 alunos participantes do programa.

Os beneficiados não precisam cumprir carga horária nem se comprometer a seguir na empresa após a formatura. A única contrapartida é continuar o curso. Podem até estagiar em outros lugares.

"Queremos apresentar a empresa aos alunos com bom desempenho e também ajudá-los a manter os estudos", afirma Ivani Silveira, gerente de seleção da TenarisConfab.

"Aqui na Poli as empresas caem matando atrás de estudantes", disse Rafael Bechelli Paviato, 23, que está no quinto ano da Escola Politécnica da USP e é um dos beneficiados pelo programa. "A bolsa é uma forma de a Confab se apresentar aos alunos. Ajuda a pagar a república onde moro."

A aproximação que a empresa pretende fazer com os estudantes já surtiu efeito para Álvaro Guilherme Junqueira dos Santos, 22, da USP. Após ganhar a bolsa, ele se inscreveu no programa de estágio da empresa e passou. Agora, acumula dois auxílios financeiros. "Com a bolsa, conheci como funciona a empresa e me interessei."

Diferentemente do caso da TenarisConfab -que possui um programa articulado de bolsas que não exigem carga horária de trabalho-, outras empresas adotam iniciativa semelhante, de forma esporádica.

"Tive alunos que foram fazer estágio de dois meses e a empresa, para garantir que eles seguissem lá depois de se formarem, estenderam a ajuda até o final do ano, sem que precisassem cumprir uma carga horária", diz o coordenador do curso de engenharia mecânica da Unesp, Edson Del Rio Vieira.

"Como o mercado está muito aquecido, as empresas estão tentando pegar o engenheiro ainda dentro da escola", afirma o vice-diretor da Poli-USP, José Roberto Cardoso.

A intensa procura por engenheiros e estagiários da área está ligada ao crescimento econômico do país nos últimos anos, que chegou em 5,4% em 2007, após um período de estagnação. Com a expansão, cresce a necessidade de contratação de profissionais em diversas áreas.

"O problema é que temos poucas pessoas formadas em áreas ligadas à engenharia. Isso se reflete na busca pelos nossos estudantes", afirma o reitor do Centro Universitário da FEI, Marcio Rillo.

Dados internacionais reforçam a análise de Rillo. Segundo a OCDE (organização que reúne os países desenvolvidos), 4,5% dos brasileiros com título de graduação se formaram na área de engenharia. A proporção na Coréia do Sul é de 27,1%, e no Chile, de 15,6%.

"Não temos uma quantidade suficiente de estudantes saindo da universidade na especialização que precisamos", afirma o gerente do programa de especialização da Embraer, Sidney Lage. A solução da empresa foi chamar engenheiros de áreas diferentes da aeronáutica para treinar dentro da empresa.

O mercado aquecido traz reflexos nos salários. De acordo com o Confea (Conselho Federal dos Engenheiros), a média de vencimentos de engenheiros recém-formados subiu da faixa de R$ 1.000 a R$ 1.500 em 2006 para R$ 4.000 a R$ 6.000 neste ano.

A disputa acirrada por estagiários beneficia não apenas os alunos no final do curso.
"Como os estudantes do terceiro e quartos anos estão todos com estágio, as empresas vão atrás dos que estão no segundo e terceiros anos", afirma o diretor da Escola de Engenharia do Instituto Mauá, Mário Cavaleiro Fernandes Garrote. Segundo dados da escola, o número de alunos com estágio subiu 20% entre 2006 e 2007.

Fábio Takahashi
Folha de S.Paulo

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