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20/10/2008

Milk-shake liga DNA à obesidade

 
 

Com a enorme proporção de estudantes fazendo dieta na Universidade do Oregon (EUA), não foi fácil para a psicóloga americana Cara Bohon recrutar 76 voluntárias para seu experimento, que consistia em tomar uma taça inteira de milk-shake dentro de uma máquina de ressonância magnética. O resultado do trabalho, porém, valeu o esforço. Ela acaba de comprovar a ligação entre uma variação específica no DNA e a tendência de algumas pessoas a comer mais.

Oferecer milk-shake de graça, afinal, atraiu diversas estudantes. "Nós as recrutamos com panfletos distribuídos no campus da universidade, mas também pela comunidade", disse Bohon à Folha, ontem, em entrevista por e-mail.

Pesquisa com uso de milk-shake indica que pessoas com o "sistema de recompensa" neurológico enfraquecido tendem a comer mais
A curiosidade despertada pela pesquisa também ajudou. "Muitas mulheres têm preocupação com a silhueta e, por isso, se interessaram em participar dos nossos estudos."

Em artigo na revista "Science" (www.sciencemag.org), Bohon e seus colegas mostraram que as pessoas com o "sistema de recompensa" neurológico enfraquecido tendem a comer mais.

Esse é o mecanismo que, entre outras coisas, transmite mensagens do sistema digestivo ao cérebro comunicando o prazer quando ingerimos um alimento saboroso.

Para medir as diferentes reações cerebrais das mulheres ao prazer proporcionado pelo milk-shake, Bohon usou a ressonância magnética para observar uma área específica do cérebro das voluntárias --o estriado dorsal, que reage à presença da dopamina, um transmissor de impulsos nervosos ligado à regulação do prazer.

Os pesquisadores descobriram que uma variação genética específica pode reduzir a capacidade do cérebro de se ativar com a dopamina porque diminui nos neurônios o número de receptores para essa substância. Eles são como um interruptor molecular, que "liga" a célula quando a dopamina encosta neles. As portadoras do gene variante (batizado com a sigla Taq1A1), mostraram afinal ter mais tendência a engordar do que as outras pessoas.

A lógica por trás do estudo é que as pessoas que obtêm menos prazer com uma determinada quantidade de comida precisam de refeições maiores para atingir o mesmo nível de saciedade dos outros. Dito assim pode parecer óbvio, mas os próprios cientistas reconhecem que o pensamento era outro antes. "Definitivamente, esperávamos em um momento encontrar "maior" ativação de recompensa entre obesos; a idéia seria de que aqueles que têm mais prazer com comida comem mais", diz Bohon.

Mesmo após os cientistas descobrirem que o raciocínio correto era o inverso, porém, foi necessário fazer o experimento com o mapeamento em ressonância magnética para provar a idéia. "Saber apenas que esse alelo [gene] em particular está ligado à obesidade não explica por que isso acontece", afirma a cientista. Segundo ela, porém, a genética explica apenas parte da tendência à obesidade, e o mecanismo descrito na "Science" pode ter aplicação restrita.

"Achamos que esse efeito pode ser específico para comidas saborosas, que com freqüência têm alto teor de gordura e açúcar", afirma Bohon. Ela diz que não há uma maneira direta de a descoberta ser aproveitada em tratamentos farmacológicos, já que drogas dopaminérgicas em geral são viciantes. "Esperamos desenvolver intervenções comportamentais", diz.


Rafael Garcia
Folha de S.Paulo

Universitários nos EUA querem criar 'cerveja anticâncer'

Estudantes tentarão produzir bebida transgênica para concurso científico.



Um grupo de estudantes da Universidade Rice, no Estado americano do Texas, pretende criar uma cerveja transgênica que contém resveratrol, uma substância química presente no vinho que tem se mostradou capaz de reduzir os riscos de câncer e doenças cardíacas em experiências com ratos de laboratório.

Os estudantes estão tão entusiasmados com o projeto que vão inscrevê-lo no maior concurso internacional de biologia sintética, o iGEM (International Genetically Engineered Machine), que será realizado nos dias 8 e 9 de novembro em Cambridge, no Estado americano de Massachusetts.

Na competição, as equipes utilizam DNA para criar organismos vivos que fazem coisas incomuns, como bactérias que se comportam como um filme fotográfico.

Esta é a terceira vez que o grupo, conhecido como Rice BiOWLogists, entra na competição. No ano passado, os estudantes apresentaram um vírus bacteriano que combatia a resistência a antibióticos, mas não levou o prêmio.

"Depois do concurso do ano passado, estávamos conversando sobre o que faríamos este ano", disse Taylor Stevenson. "Peter Nguyen (outro estudante) fez uma piada sobre colocar resveratrol na cerveja, mas nenhum de nós levou à sério."

Mas, quando a equipe começou a pensar em um novo projeto, descobriu que haviam sido publicados muitos trabalhos científicos sobre a modificação de fermento com genes ligados ao resveratrol.

Fase teórica
Por enquanto, a pesquisa dos estudantes de Rice está na fase teórica. Eles ainda não produziram uma gota sequer de cerveja. Estão trabalhando, no momento, na criação de uma variedade transgênica de fermento que deverá produzir resveratrol ao mesmo tempo em que fermenta a cerveja.

A equipe tem planos de fermentar algumas doses para teste nas próximas semanas, que conterão "marcadores" químicos de sabor ruim necessários para que sigam a experiência. Esse produto não será consumido, de acordo com os estudantes.

Até hoje, só uma variedade de fermento transgênico foi aprovada para uso em cervejas, e os jovens pesquisadores dizem acreditar que vai levar muito tempo para que sua criação seja apreciada.

Estudos indicam que o resveratrol possui propriedades antiinflamatórias, anticâncer e produz benefícios cardiovasculares para animais de laboratório.

Ainda não foi estabelecido se a substância oferece benefícios também a seres humanos, mas o resveratrol já é vendido em lojas de produtos naturais.

Da BBC


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