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capital humano

25/09/2008

Idosos ajudam na renda de 53% das casas onde vivem

 
 

A participação dos idosos na renda familiar aumentou nos últimos anos. De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais, em 53% dos domicílios onde viviam idosos em 2007, eles contribuíam com mais da metade da renda familiar. Em 1997, esse percentual era de 47,2%. Essa proporção é maior na região Nordeste, onde alcança 63,5%.

Em 22,5% dos domicílios, eles contribuíam com mais de 90% da renda. Segundo Lucia Maria Cunha, do IBGE, a participação na renda está ligada também ao convívio entre diferentes gerações em um mesmo domicílio.

Em 2007, 45% dos idosos viviam com os seus filhos na condição de chefes do domicílio. Além disso, em casas onde mora ao menos um idoso, 30,2% dos moradores têm até 24 anos e 33,7% têm mais de 60 anos.

Para Ana Amélia Camarano, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, a maior contribuição na renda por parte do idoso está relacionada à aposentadoria rural, ao benefício de prestação continuada e à dificuldade do jovem em arrumar emprego e sair da casa dos pais.

A pesquisa confirma a tendência de crescimento de domicílios unipessoais entre 1997 e 2007, de 11,2% para 13,5%, e de casais sem filhos, de 19,2% para 22,1%, é mais forte na região Sul -representa 44,7% dos domicílios com idosos.

Para o presidente do IBGE, Eduardo Nunes, a maior participação dos idosos na renda está relacionada ao ritmo de envelhecimento da população. A expectativa de vida do brasileiro ao nascer aumentou 3,4 anos entre 1997 e 2007 -está em 72,7 anos. As mulheres têm expectativa de vida mais alta (76,5 anos) que os homens (69 anos).

Cresce o número de casais sem filhos entre os mais ricos

Novo modelo de família passou a representar 3,4% do total de domicílios em 2007, o equivalente a 1,94 milhão de casais

Em média, o rendimento per capita desse tipo de casal é de 3,5 salários mínimos, o que os coloca entre os 10% mais ricos da população

Os casais sem filhos em que ambos os cônjuges trabalham figuram cada vez mais no retrato da família brasileira, aponta a Síntese de Indicadores Sociais. Em 2007, esse novo modelo de família passou a representar 3,4% do total de domicílios, o equivalente a 1,94 milhão de casais. Em 1997, esse perfil somava menos de 1 milhão.

Segundo Ana Lúcia Saboia, gerente de Indicadores Sociais do IBGE, esse modelo tem crescido muito em sociedades industrializadas e é chamado de "dinc" (na sigla em inglês para duplo rendimento e nenhuma criança). Na prática, segundo o instituto, permite que o casal tenha mais recursos para se dedicar ao trabalho e ao lazer.

"O resultado pode significar a escolha de não ter filhos, mas há também a influência do retardamento da maternidade para a busca profissional", diz Saboia. Em 58,7% desses casais, a pessoa de referência (considerada chefe de família, não só por questões econômicas) tinha até 34 anos, o que pode, segundo o IBGE, refletir o adiamento da decisão de ter filhos.

É o caso de Flávia Assis, 31, que já gostaria de ser mãe, mas pretende se estabilizar profissional e financeiramente antes. Ela e o marido são tradutores autônomos. "Sei que para a mulher é bom ter filho cedo, mas adiamos porque não tivemos ainda disponibilidade financeira", diz ela.

A pesquisa mostra que esse arranjo familiar ainda está restrito às classes de renda mais alta. Em média, o rendimento per capita desse tipo de casal é de 3,5 salários mínimos, o que os coloca entre os 10% mais ricos da população.

Para a antropóloga Miriam Goldenberg, o resultado reflete que a opção de não ter filhos começa a ser vista como legítima. "Até hoje, no Brasil, não ter filhos é um problema do casal ou da mulher, e muitas vezes é visto como fracasso. Isso acontece porque a família tem valor fundamental", disse.

A relações-públicas Brígida Moreira, 48, diz ter feito essa opção na adolescência. Casada há 19 anos, ela se disse surpresa ao saber do crescimento dos casais com o seu perfil. "Ser mãe deixou de ser o grande sonho feminino. Foi um sonho imposto por muito tempo, e muitas que não deveriam ser mães aceitaram. Agora as pessoas têm o poder de decidir."

Goldenberg destaca que os dados reforçam também a tese do adiamento do casamento e da maternidade. "Ter filhos mais tarde já é algo corriqueiro em muitos países, mas, no Brasil, quando a mulher chega aos 35 anos, entra em crise. Apesar dos comportamentos estarem mudando, os valores demoram mais para mudar", disse.

Folha Online

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