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capital humano
26/05/2006
Empresas investem mais na prevenção

 

As empresas estão começando a acordar para um problema real no ambiente de trabalho que acarreta prejuízos diretos e indiretos às corporações, o do uso de substâncias químicas pelos funcionários. Só nos Estados Unidos, o custo anual com perdas patrimoniais, queda na produtividade e despesas médicas é de mais de US$ 100 bilhões. Além disso, 40% de todos os acidentes de trabalho estão relacionados ao consumo de drogas, álcool e tabaco.

Os dados alarmantes foram apresentados pela psicóloga americana Karen Garret, diretora da River Region Human Services e professora da Nova University e do Springfield College, em visita ao Brasil, semana passada. Durante seminário realizado na Federação de Comércio de São Paulo, com apoio do Consulado Geral dos Estados Unidos, ela ressaltou a importância dos programas de prevenção corporativos.

"É necessário que as empresas adotem políticas consistentes ligadas à recuperação dos funcionários", diz. Segundo Karen, entre as razões que têm levado as companhias a se preocuparem com a questão estão a queda na produtividade dos empregados. Pesquisas mostram que 30% dela fica comprometida por problemas de dependência química. "Essas pessoas trabalham com 67% de sua capacidade produtiva", afirma.

Outra má notícia. Funcionários envolvidos com drogas e álcool faltam 2,5 vezes mais, chegam tarde 3 vezes mais e usam 5 vezes mais os serviços saúde - gerando um custo maior para as empresas de 300%. O mais grave, na sua opinião, é que 67% dos usuários de drogas estão empregados. "Os reflexos são muito perceptíveis e causam grandes impactos financeiros para as organizações", diz Karen. E os números não param por aí. Estudos reportam que mais de um terço dos funcionários acidentados tinham usado maconha poucas horas antes do acidente e 16% dos que sofreram acidentes graves haviam bebido.

Ainda de acordo com ela, o problema não se restringe à base da pirâmide. A dependência química atinge o alto escalão, o que acaba se tornando uma situação crítica para as empresas. "É complicado desenvolver uma ação de prevenção ou apoio junto ao executivo, que geralmente não gosta de expor o problema. E ele é uma figura importante, já que é o espelho de seus subordinados", explica Karen. Muitos executivos acabam se tornando dependentes químicos, observa, por fatores como estresse, pressão por resultados, sobrecarga de trabalho, falta de reconhecimento e de "feedback" dos chefes.

Por outro lado, quem mais sofre com o problema é o setor de transporte de carga e as companhias aéreas. No Brasil, essas empresas veêm como prioritário o combate ao uso de álcool, principalmente pelo risco que pode representar um motorista embriagado. Em algumas delas, o uso do bafômetro foi incorporado à rotina de trabalho.

Na Transportadora Americana, por exemplo, todos os motoristas passam pelo bafômetro antes de pegar a estrada. A empresa possui cerca de 2 mil funcionários (entre registrados e prestadores de serviço). O teste do álcool é restrito aos motoristas, mas testes toxicológicos são realizados uma vez por mês, por sorteio aleatório. Todos os funcionários, do presidente ao porteiro, participam do sorteio.

Segundo Izabel Cristina Marques, supervisora de responsabilidade social da transportadora, o programa foi implantado há seis anos e de lá para cá alcançou resultados bastante positivos. Em 2000, cerca de 3% dos motoristas eram pegos no teste do bafômetro. Agora, esse índice não ultrapassa 0,05%. No entanto, o programa não possui caráter punitivo. "Se ele for flagrado no bafômetro, será substituído naquele dia e encaminhado para a psicóloga", conta.

Testes toxicológicos, inclusive, são uma prática usual em algumas empresas brasileiras. Em geral, eles são feitos na admissão ou por sorteio entre os empregados. A Embraer adota os testes em seus programas de prevenção. E não são só os empregados que passam por eles. Os co-dependentes também. Quem se submeter ao tratamento terá os custos financiados pela empresa. Além da Embraer e da Transportadora Americana, outras empresas criaram programas de prevenção e tratamento de dependentes químicos no país como a Sabesp, Goodyear, Pão de Açúcar, CPTM e Petrobras.


As informações são do site Valor Online.

   

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