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capital humano
28/03/2006
Cyberbullying leva escolas a criarem disciplina de ética na Internet

 

Marina Rosenfeld
especial para o GD

O crescente número de queixas de cyberbullying, roubos de senhas no Messenger e até falsas páginas no Orkut tem trazido uma nova demanda para as escolas: discutir com os alunos os limites éticos na Internet.

Com a tecnologia cada dia mais presente em suas vidas, os adolescentes acabam, muitas vezes, infringindo códigos de ética e desrespeitando o que é um bem privado. Pensando nisso, uma série de escolas paulistas começou a tomar providências nesse sentido.

O Colégio I.L Peretz, em 2004, começou a oferecer aulas de “netiqueta” para alunos de 5º a 8º série, com o objetivo de tratar a questão ética na Internet. A idéia surgiu a partir de um projeto de criação de blogs, em que os estudantes não tinham noção de como deviam se portar no ambiente virtual. “Logo depois que cada aluno criou seu blog, começamos a ouvir várias reclamações tanto dos pais como dos alunos. Eles estavam recebendo mensagens desagradáveis e até agressivas em seu espaço virtual”, relata Cleide Muñoz, professora de Computação. De acordo com ela, as aulas de “netiqueta” tiveram resultado imediato. “Não tivemos mais nenhum incidente depois que iniciamos este trabalho. Páginas agressivas no Orkut sumiram, assim como acabaram as invasões no Messenger”, revela.

Na Escola Viva, a questão sobre o que é público e privado sempre é trazida para dentro da sala de aula. Para a coordenadora pedagógica, Sônia Viegas, o principal desafio da escola nesse assunto é mostrar aos estudantes que as ações virtuais são ações de fato e que cada um tem que se responsabilizar por elas. “Se o aluno usa a senha de um colega para entrar num jogo e rouba parte dos pontos do colega para ele, o que ele fez? Qual a diferença de roubar o dinheiro da carteira do amigo? O princípio é o mesmo, a única mudança é que um é concreto e o outro virtual”.

O Colégio Magno, por sua vez, decidiu conscientizar seus alunos sobre o mau uso da Internet de uma forma diferente. Este ano a intenção é combater o cyberbullying por meio do próprio Orkut. Alunos de 7º e 8º séries vão criar uma comunidade “orkutiana” para discutir o assunto e dar depoimentos de casos vividos. “Queremos utilizar o próprio espaço virtual para questionar o que leva algumas pessoas a agirem desta forma. Além de promover atitudes positivas e incentivar os jovens a utilizarem este ótimo meio de comunicação de uma forma saudável, ética”, explica a coordenadora do curso, Cleide Ruy.

A comunidade será desenvolvida pelos alunos no laboratório de informática do Colégio em três línguas: português, inglês e espanhol. Para complementar o trabalho, os alunos criarão um manual anti- cyberbullying, com dicas de como agir com ética ao utilizar a Internet.


   

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