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capital humano
31/10/2006
Mais de 60% dos professores têm problema de voz

 

Ana Loiola
especial para o GD

Um total de 62,9% dos professores brasileiros já tiveram algum problema de voz. Além disso, 15,4% dos educadores acreditam que, no futuro, precisarão mudar de profissão por esse motivo e 4,6% já mudaram de ocupação devido a alterações vocais. Estes são os dados preliminares de uma pesquisa inédita no país realizada pelo Centro de Estudos da Voz, em parceria com o Sindicato dos professores de São Paulo (Sinpro-SP) e a University of Utah (EUA).

A pesquisa é originalmente norte-americana e sua metodologia foi copiada com o objetivo de colher dados que comprovem a incidência de problemas vocais em professores de todo Brasil.

Segundo a fonoaudióloga do Sinpro-SP, Fabiana Zambon, o objetivo é obter dados sobre a incidência e as características do aparecimento de problemas de voz em professores, comparando com um grupo de não-professores. “A falta de preparo, as condições inadequadas de trabalho e o uso excessivo da fala contribuem para comprometer o bem estar vocal do professor e podem ameaçar o rendimento profissional, assim como a longevidade da carreira”, afirma.

Para a fonoaudióloga do Centro de Reabilitação Cognitiva, Déborah Azambuja, a acústica ruim da sala de aula, o pó do giz, o tom elevado de voz, o estresse causado pela longa jornada de trabalho e o baixo salário, contribuem ainda mais para a decorrência dos problemas vocais. “Toda escola deveria oferecer ao menos uma palestra sobre o assunto. Com a orientação adequada, o professor poderia cuidar melhor da voz”, acredita.

Zambon acrescenta que o problema já começa na formação. “Nenhum curso prepara o professor para os cuidados vocais. Eles se formam sem entender que são profissionais da voz e que precisam ter atenção com seu instrumento de trabalho”, alerta.

A falta de preocupação com a voz levou a professora da Escola Municipal Desembargador Amorim Lima, Joana Alves, a se afastar das aulas durante quatro dias para se recuperar. Ela conta que altera a voz para pedir a atenção dos alunos. “Eles fazem bagunça e eu preciso gritar”. A repetição dessa atitude foi o que levou ao seu afastamento.

A professora disse nunca ter recebido orientação de como usar a voz adequadamente. “Seria importante que eu tivesse, pois é um dos meus principais instrumentos de trabalho”, reconhece.

O site do sindicato dos professores de São Paulo oferece um programa completo sobre a saúde vocal do professor. Para ter acesso ao conteúdo, basta entrar no portal (www.sinprosp.org.br) e buscar o link “saúde do professor”. Além disso, o sindicato oferece palestras com o intuito de informar os professores sobre os cuidados que devem ter com a voz. Os serviços do Sinpro-SP são destinados apenas a professores da rede particular de ensino.

   

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