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04/05/2007
Ivaldo Bertazzo estréia companhia no Anhangabaú

 

Bailarinos dançam nova versão de "Samwaad"


Não tem mais van para pegar em casa nem desculpa esfarrapada, tipo dor de barriga, para não dançar. O que têm agora os jovens que entraram em 2003 no projeto social Dança Comunidade é salário fixo e nome profissional: eles formam a Cia. de Dança Ivaldo Bertazzo, a primeira companhia do coreógrafo em 30 anos de carreira.

Com 30 bailarinos entre 15 e 23 anos, a nova companhia levará ao palco de dança do Anhangabaú, no sábado, às 19h (na sexta, haverá pré-estréia para convidados, na prefeitura) trechos de "Samwaad" (2004) e "Milágrimas" (2005). Os espetáculos já foram vistos por mais de 180 mil pessoas, mas Bertazzo pede para avisar: não será "nada do que você viu antes".

"Muda o figurino, muda a encrenca coreográfica. Se continuasse igual, continuaria fazendo sucesso, mas eles cresceram e têm mais a mostrar. A quantidade de informação armazenada resulta em comportamento cênico", diz Bertazzo, que montou a companhia com incentivo da Lei Rouanet.

O figurino nem é a maior das mudanças, mas reforça o papel profissional da companhia. "Hoje as meninas usam bustiê. Em um trabalho social, você não pode desvestir; eles se vestem para mostrar o gesto. Agora, são artistas. Não estão nus, não, mas mostram as costelas."

A companhia, no entanto, não perde a "marca" de Ivaldo Bertazzo, a origem em comunidades carentes. "O curioso é que o cara dança lindamente, faz o público chorar, daí volta para casa ouvindo funk: "Sobe em cima, mete embaixo...". Ouve o que quiser, não tô censurando... Quer dizer, tô, né? [risos]. Mas o que importa é que, quando ele dá aula para um ator que só fala texto de Brecht, ele sabe como fazer o outro assimilar sua mensagem", conta, sobre os trabalhos do grupo, que incluem dar workshops nas cidades por onde passa.

Não é mais nem menos, avalia, que um bailarino com formação acadêmica. "Vou ser sincero: no Balé da Cidade, tenho dois ou três que seriam aceitos. Mas o Balé da Cidade, se vier fazer o "Samwaad" como é hoje, não faz. São gramáticas elaboradas, uma velocidade expressiva que se leva muito tempo para construir. O corpo constrói no público uma emoção que o intérprete construiu no músculo. Isso nem ator do [diretor teatral] Peter Brook faz."


Raquel Cozer
Folha de S.Paulo

   

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