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18/04/2008

Economia aquecida faz preço de imóvel saltar mais de 70% em SP

 

Os preços dos imóveis em São Paulo deram um salto nos últimos quatro anos, resultado de crédito mais barato e amplo e de um contexto econômico tranqüilo, sem inflação galopante.

O bairro da Mooca, na zona leste da cidade, é um exemplo. Foi o que obteve maior valorização em preços de imóveis novos entre 2003 e 2007, segundo dados da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp).

No período, a média do metro quadrado na região subiu 78,7% e saltou de R$ 1.782,75 para R$ 3.185,83.

Veja nos gráficos abaixo a valorização dos imóveis em SP e o perfil dos compradores
Gráfico 1: preço dos imóveis
Gráfico 2: o canto de cada um

Os preços dos imóveis começaram a subir em determinados bairros paulistanos em razão da crescente procura.

"O aumento do crédito e o barateamento dos juros reduziram as prestações do financiamento. A classe média e a alta continuam elevando o preço dos imóveis pela procura", afirma o diretor-financeiro da construtora e incorporadora Camargo Corrêa, Paulo Mazalli.

Além disso, segundo ele, a demanda das camadas populares por apartamentos e casas mais baratos está "explosiva".

Na opinião do presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi), João Crestana, o fim da inflação elevada foi um grande marco para o mercado imobiliário, pois possibilitou a queda dos juros e fez com que a sociedade encarasse com mais coragem os financiamentos.

"A inflação era o grande problema, porque imóvel precisa quase sempre de financiamento, e os juros elevados não permitem isso. A partir de 1994, o país também começou a recuperar os instrumentos legais que protegem a habitação, como a alienação fiduciária, e isso ajudou muito", diz.

A alienação fiduciária permite que o vendedor ou financiador do imóvel detenha a propriedade até o momento de quitação total da dívida pelo mutuário. Essa nova lei trouxe maior segurança aos bancos, que passaram a emprestar mais dinheiro.

Segundo o presidente do Conselho Federal dos Corretores de Imóveis (Cofeci), João Teodoro, o sentimento geral do setor da construção civil é de otimismo.

"Todas as perspectivas estão se concretizando, com um volume significativo de vendas e procura aquecida", afirma.

Segundo o proprietário da imobiliária Frema, José Roberto Federighi, quanto mais próximo for um bairro de comércio e serviços, além da arborização do local e tranqüilidade em termos de segurança, mais moradores ele deverá ter.

É interessante notar que, de 2003 a 2007, entre as 10 áreas da cidade de São Paulo que mostraram maior aumento no preço do metro quadrado dos imóveis, apenas o Brooklin e a Vila Leopoldina não contam com estações de Metrô nas proximidades, embora existam linhas de trem que atendam a região.

No caso de Mooca, Tatuapé e Jardim Anália Franco, todos são servidos pela linha 3 (vermelha) do Metrô. Santana é atendido pela linha 1 (azul), e Pompéia, Perdizes, Lapa e Vila Romana estão bem próximos à linha 2 (verde).

Perto do Centro
O sucesso de um bairro tem muita ligação com a sua vizinhança.

Na opinião do gerente comercial da construtora Rossi Residencial, Klausner Monteiro, todos os imóveis recém-lançados na Mooca sempre vendem rápido, pois as pessoas gostam de morar na região principalmente devido à proximidade com o centro da cidade.

"Hoje, se você tiver a receita de boa localização, bom produto e preço atrativo, com certeza a vende será sempre veloz", afirma.

Na Vila Leopoldina, localizada na zona oeste da cidade, o avanço nos preços também foi expressivo —foi o segundo bairro mais valorizado entre 2003 e 2007.

No período, o valor médio do metro quadrado na região teve alta de 74% e passou de R$ 1.953,49 para R$ 3.398,50.

Antes havia muitas indústrias e galpões de armazenagem, o que criou espaço amplo hoje para prédios de médio e alto padrão.

Sua proximidade com bairros nobres como Alto da Lapa, Perdizes e Pinheiros, o rápido acesso para as marginais dos rios Pinheiros e Tietê e a facilidade de alcançar estradas como Castelo Branco, Raposo Tavares, Anhangüera e Régis Bittencourt favorecem o crescimento.

Depois do shopping
O jardim Anália Franco, na zona leste, terceiro colocado entre os bairros mais valorizados, obteve aumento de 69% no preço do metro quadrado, que passou de R$ 2.140,20 em 2003 para R$ 3.613,73 no ano passado. Mas, nas ruas mais procuradas, o valor pode chegar a R$ 5.000.

O bairro surgiu recentemente após a construção do shopping de mesmo nome na região em novembro de 1999. É considerada uma das áreas nobres da zona leste, com comércio e serviços.

Ana Carolina Lourençon
Portal Uol


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