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18/08/2005
Minhocão

Minhocão no chão, por R$ 80 milhões

Desmontar o Minhocão, como está em estudo pela Prefeitura, custa R$ 80 milhões e demora seis meses. Mas as cerca de mil vigas do elevado podem ser reaproveitadas (ou vendidas). Valem R$ 50 milhões. O gasto, portanto, seria de R$ 30 milhões. O que R$ 30 milhões representam, em obras públicas? O túnel sob a Avenida Faria Lima, feito no ano passado, custou R$ 97,4 milhões. O Fura-Fila, iniciado em 1998, está longe de ser concluído e já levou R$ 320 milhões. Um quilômetro da Linha 4-Amarela do metrô (Luz-Vila Sônia) custará R$ 266 milhões.

Estão em estudos na Empresa Municipal de Urbanização (Emurb) pelo menos dois projetos que prevêem o desmonte do Minhocão. E outros com paliativos para amenizar problemas como a poluição sonora. O prefeito José Serra (PSDB) espera conclusões das áreas técnicas para tomar uma decisão.

Os cálculos sobre o desmonte do Minhocão foram feitos pelo engenheiro Carlos Miller, sócio da Planservice, empresa especializada no gerenciamento de obras de grande volume e construção rápida (hipermercados, por exemplo). Não são cálculos exatos, representam uma estimativa.

Tabuleiro
O trabalho começaria pela demolição do tabuleiro. É a parte que está sob o asfalto das pistas (duas, com quatro faixas no total). Foi construída com concreto e ferro, em cima das vigas.

Depois se retiram as vigas, que têm 80 centímetros de largura e de 25 a 30 metros de comprimento. Para esse trabalho, são necessários dois guindastes que suportam 100 toneladas (o aluguel de cada um custa R$ 10 mil por dia).

Por último, demolem-se as colunas onde estavam assentadas as vigas. Os cálculos de Miller incluem o custo de transporte do entulho a uma distância de 20 quilômetros.

Interferências
Mas não é assim tão fácil. Antes de entrarem as máquinas, é necessário remover as interferências. Cabos de energia, telefone, entre outras. Será preciso transferi-los para outro ponto, ou torná-los subterrâneos.

Autor de uma das propostas de demolição do Minhocão, Michel Gorski prevê um movimento paralelo de demolição. "Um amigo me telefonou e disse que vai levar um pedaço do Minhocão para casa, como lembrança. Assim como fizeram com o Muro de Berlim."

VALDIR SANCHES
do O Estado de S.Paulo


Desmonte pode ser em partes, começando pela São João Marisa Folgato

A Emurb está fazendo estudos de viabilidade econômica das propostas que já recebeu para demolir o Minhocão ou reduzir a poluição sonora. "Precisamos, antes de tudo, avaliar a origem e o destino das viagens no elevado", afirmou a urbanista Regina Monteiro, diretora de Meio Ambiente e Paisagismo Urbano da Emurb. Ela disse que, a princípio, a proposta de derrubar o Minhocão e fazer túneis em seu lugar - com cobrança de pedágio para financiar a obra, estimada em R$ 1 bilhão - é difícil de ser concretizada.

Na opinião de Regina, o elevado poderia ser desativado em partes, apostando na capacidade de as ruas do entorno absorverem o trânsito extra. O primeira trecho, para ela, poderia ser o que corre por cima da Avenida São João até a Francisco Matarazzo. "Já teria um impacto bom e as paralelas da avenida são ociosas nesse trecho."

A proposta incluiria a instalação de um semáforo na altura da Rua do Arouche. "A retirada desse pedaço ajudaria a recuperar o Largo do Arouche, a região de Santa Cecília e a Praça Marechal Deodoro."

Além da proposta dos túneis, foi apresentada uma de desmonte e uso das vigas em pontes e passarelas em outros pontos da cidade, mas sem alternativa para absorver o aumento de veículos nas vias sob o Minhocão. A terceira idéia é fazer paredões laterais para reduzir o barulho.

MARISA FOLGATO
do O Estado de S.Paulo.

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