Erika Vieira
Um dos saraus mais populares
da cidade de São Paulo é o da Cooperifa (Cooperativa
Cultural da Periferia). Há seis anos, poetas, estudantes,
artistas, moradores do local e curiosos se reúnem no
Bar do Zé Batidão, às quartas-feiras,
para declamarem poesias. O evento tornou-se um sucesso, algumas
ficaram tão motivadas a escreverem poemas que até
voltaram a estudar.
Agora o sarau também está
contagiando as escolas da periferia de São Paulo. “Pedimos
autorização para a diretora e fazemos o sarau”,
explica Sérgio Vaz, idealizador da Cooperifa. Toda
terça-feira eles entram em alguma escola da rede pública
para apresentar diversos poemas às crianças
e adolescentes. “Muitos alunos nem sabiam que gostavam
de poesia”, diz.
A experiência está dando
tão certo, que uma das escolas começou a organiza
periodicamente seu próprio sarau e publicou um livro
só de poesias que foram declamadas pelos estudantes.
A idéia de realizar o
evento junto aos alunos surgiu em decorrência deles
serem menores de idade e, por isso, não poderem freqüentar
o bar à noite. “Já que eles não
podem ir ao bar a gente vai para a escola.” O projeto
começou em abril desse ano, já passou por 20
instituições de ensino em Taboão da Serra
e agora contempla as da periferia de São Paulo.
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