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REFLEXÃO


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pensata
08/08/2006
Como ajudar o PCC

Por conta dos péssimos índices educacionais no Brasil - e, em especial, em São Paulo - está surgindo uma onda contra a chamada progressão continuada nas escolas, estimulada em especial pelo PT. O que se pretende, em essência, é devolver ao professor um instrumental para que possa fazer com que o aluno que não aprende repita o ano. Parece sensato - mas, na verdade, esse é um magnífico jeito de ajudar o PCC, produzindo ainda mais candidatos à delinqüência.

O aluno que repete o ano se torna um frustrado, um ressentido, sente-se incapaz na escola. Está mais próximo da evasão, ou seja, ir para a rua, do que de aprender alguma coisa. Repetir o ano até funciona em casos específicos, mas quando uma grande parte se dá mal é porque a culpa não é do aluno. Imagine o que um sujeito assim vai fazer na periferia.

Entendo a frustração dos professores, a dor que sentem ao ver que alunos que não aprendem vão passando de ano. Mas o melhor caminho é o mais difícil: montar programas permanentes de reforços, com classes especiais ou ajuda individualizada, para que o estudante aprende. E o que ele aprende faça sentido em sua vida. Isso se não quisermos ajudar ainda mais a produzir mão-de-obra barata e abundante para o PCC.

Insisto que a educação em tempo integral não é um projeto de ensino, mas de nação.

PS - Se quiserem ver um belo antídoto educativo contra o PCC, vejam a experiência de Apucarana.

Brasil em tempo integral

Coluna originalmente publicada na Folha Online, editoria Pensata.

   
 
 
 

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