Há
uma crescente preocupação entre segmentos educacionais
com uma possível indicação de Marta Suplicy
para o Ministério da Educação. Não
estão em discussão, em essência, restrições
pessoais contra ela nem sobre seu preparo para comandar o
ministério --o cargo de prefeito de São Paulo
é extremamente complexo, o que deu a Marta um bom treino
administrativo.
Marta Suplicy assumiria o Ministério da Educação
com uma meta eleitoral clara: cacifar-se para o Palácio
do Planalto. O que, a rigor, nada teria de errado.
O problema é que, nos últimos anos, tem sido
costurado um acordo, dentro e fora do governo, em torno de
um mutirão educacional, acima de ideologias e de partidos.
Juntam-se, aí, empresários, sindicatos, ONGs,
prefeitos e governadores.
Tal mutirão é visto como fundamental para se
melhorarem nossos trágicos indicadores escolares. Não
será nada fácil manter tal aliança, já
complexa por natureza, envolvendo o governo federal, se entrar
um componente eleitoral tão ostensivo.
Aqui, mais uma vez, se vê o risco PT de aparelhamento
da máquina pública.
Coluna originalmente publicada na
Folha Online, editoria Pensata.
|