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REFLEXÃO


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pensata
28/06/2005
Não era preconceito. Infelizmente.

Uma das lições dessa onda de denúncias contra o PT é a de que a advertência de que Lula não estava preparado para ser presidente da República tinha, em muitos casos, uma raiz de preconceito contra alguém sem educação formal. Mas também era baseada em algo óbvio, visível: sua falta de experiência administrativa combinada com a falta de interesse em gestão. Seu forte (e muito forte) era é a comunicação, a capacidade de sintetizar o imaginário da população. Ou seja, a vibração dos palanques.

O que estamos vendo é que Lula sai-se melhor em áreas em que existe alguém coordenando direito. Por exemplo: a área econômica. Goste-se ou não, existe ali uma coerência de linguagem e de articulação. Na área social, a balbúrdia e a ida e vinda de projetos revela, ao contrário, dispersão. A Casa Civil se tornou um labirinto de projetos e, como se suspeita agora, de interesses escusos. Isso bem a lado, a poucos metros, do presidente. José Dirceu era outro sem menor pendor administrativo.

A verdade é que, para Lula, gerir a Presidência, com tantos aprendizados em meio a tantos erros, é um maravilhoso programa de trainee.


Coluna originalmente publicada na Folha de S. Paulo, na editoria Pensata.

   
 
 
 

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