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28/11/2003
Crianças de rede pública terão aulas de educação alimentar

Vanessa Sayuri Nakasato

Se depender dos funcionários da empresa Unilever Bestfoods, até o final de 2005, mais de 62 mil crianças, de 8 a 10 anos, de escolas públicas dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás aprenderão a ter uma alimentação mais saudável.

Essa é uma das metas estipuladas pelo Programa de Educação Alimentar, criado e desenvolvido por funcionários da companhia alimentícia voluntariamente. O objetivo é combater a má alimentação infantil e as conseqüências causadas por ela, como obesidade e desnutrição.

“Queremos que a educação alimentar seja uma matéria transversal, incluída no currículo de ciências dos alunos de 3ª e 4ª séries do Ensino Fundamental. São nesses períodos em que as crianças têm as primeiras noções de alimentação e nutrição ”, afirma a médica Elaine Molina, gerente do Programa de Responsabilidade Social do Unilever Bestfoods e uma das idealizadoras do Programa de Educação Alimentar.

O programa, que já conta com um orçamento de R$ 2 milhões, traz uma proposta curiosa: ensinar às crianças, de forma lúdica, como melhorar seus hábitos alimentares. Além de aprenderem a cozinhar, os alunos terão contato com a música, a literatura e a pintura. Escutarão histórias como “João e o pé de feijão”, “A galinha dos ovos de ouro”, “João e Maria” e saberão um pouco sobre Portinari, Tarsila do Amaral, Botero, entre outros.

“Um exemplo de como a arte e a educação alimentar serão usados de maneira conjunta é uma aula sobre gorduras. Nesse dia apresentaríamos algumas telas de Botero, que gostava de pintar mulheres ‘gordinhas’. Falaríamos sobre o pintor, o que é gordura, quando ela pode ser prejudicial. Também contaríamos uma historinha infantil relacionada ao assunto. Por último, levaríamos as crianças para cozinhar algo que houvesse gordura na receita”, explica Elaine.

Segundo a médica, aplicar atividades que não só envolvam as crianças, como despertem suas curiosidades é a maneira mais fácil de fazer com que elas assimilem grande quantidade de informações sem problemas.

O programa foi elaborado por uma equipe de pedagogos e nutricionistas juntamente com 40 funcionários da empresa. Ele é dividido em nove módulos temáticos que discutem desde a higiene até a conservação dos alimentos. Todo o conteúdo foi repassado para uma apostila ilustrada e colorida que será distribuída aos estudantes no início do curso.

O Programa de Educação Alimentar terá seu início no ano que vem nas cidades de Goiânia, São Paulo, Valinhos (SP) e Pouso Alegre (MG). Na capital paulista, a intenção é atingir 300 escolas municipais só na primeira etapa.

Quase todo o corpo docente e merendeiras das escolas que receberão o projeto em 2004 já foram capacitadas.

 
 
 

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