Felipão
é um bom exemplo para os políticos
Entendo
muito pouco de futebol, para não dizer que entendo
quase nada. Por total falta de conhecimento, não tinha
a menor idéia se Romário deveria ser escalado
para a seleção. Menos ainda poderia dizer sobre
táticas ou sobre os tais três zagueiros.
Sei, porém,
que Felipão mostrou exatamente como deve ser um estadista
e, assim, se presta como bom exemplo aos nossos políticos.
Vivemos a doença da pesquisite. Ou seja, a imensa maioria
dos nossos políticos, reféns do marketing, orientam
menos suas campanha pelo o que consideram importante para
o país e mais pelos truques que possam sensibilizar
o eleitor.
Reverenciam
servilmente as pesquisas de oposição, transformadas
em Bíblia.
Líder
não é aquele servil ao cidadão. Ele é
obrigado sempre a ouvi-lo, mas, quando necessário,
tem de ir em outro caminho, assumindo a responsabilidade da
liderança. Depois vai pagar ou ser beneficiado pelos
seus acertos e erros.
Felipão
fez uma aposta do que seria melhor para a seleção.
Enfrentou um monumental coro de descontentes, a começar
dos especialistas. Ganhou. Se não fosse por sua firmeza
talvez, muito provavelmente, teríamos perdido.
O problema
da política, além da pesquisite, é que
resultado demora para ser visto, enquanto a pesquisa é
permanente e imediata.
Quem cede
demais aos sonhos e desejos dos cidadãos faz, de início,
papel de bonzinho, mas, no final, mostra como o inferno está
cheio de boas intenções.
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