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Ministro
do Trabalho diz que treinamento profissional é vítima de picaretas
Em entrevista
à Coluna GD, o ministro do Trabalho, Francisco
Dornelles, mostrou-se convencido de que "entidades picaretas"
desviam ou desperdiçam dinheiro de reciclagem profissional
_ esses recursos vêm do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT),
transferidos para entidades sindicais e secretarias estaduais.
A partir de agora, o ministro prometeu suspender a transferência
dos pagamentos, ao receber as auditorias realizadas nos programas.Estão
para chegar dados sobre os gastos do ano passado.
"Estamos fechando o cerco", garante.
Com base em denúncias e rumores de desvios de verbas, o Ministério
do Trabalho vai montar um mapa dos programas de treinamento
profissional, avaliados por auditorias independentes.
Quem receber a verba será obrigado a se submeter a uma auditora,
paga pelo governo federal. Os cursos só deverão ser feitos
por entidades reconhecidas como universidades, escolas técnicas
públicas, centrais sindicais ou organizações como Senac ou
Senai.
"Assim diminuímos o risco de entidades picaretas", afirma
o ministro.
O objetivo é não apenas detectar malversação de recursos,
mas a relação custo-benefício. Ou seja, se os programas estão
efetivamente reintegrando o trabalhador, com cursos adequados
ao mercado de trabalho.
Análises feitas pelo Ministério do Trabalho, realizadas com
o apoio do IPEA, detectaram falta de critérios unificados
para medir a eficácia dos programas. Além de criticar o fato
de que as auditorias não são independentes, mas pagas pela
própria entidade pagadora.
Foi criada uma ouvidoria para receber as denúncias e as entidades
beneficiadas terão de submeter os documentos ao Tribunal de
Contas da União.
Pela internet, serão listados todos os cursos em andamento
no país, a fim de aumentar a fiscalização da sociedade.
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